Policial penal candidato a deputado é um dos presos em operação contra jogo do bicho

Altamir Senna Oliveira Junior, chamado de "Misinho", disputou vaga à câmara federal este ano pelo União Brasil

Policial Penal preso, na operação contra o jogo do bicho, nesta terça-feira (29).Marcos Porto/Agencia O Dia
Publicado 30/11/2022 08:53
Rio - Um policial penal está entre os presos após a deflagração da operação Fim da Linha, contra o jogo do bicho, na manhã da última terça-feira (29). Altamir Senna Oliveira Junior, de 52 anos, conhecido como "Misinho", foi denunciado por organização criminosa e corrupção ativa. Na casa dele, os promotores encontraram R$ 31.800 em espécie. Na última eleição, o servidor foi candidato a deputado federal pelo União Brasil e recebeu, segundo o site do Tribunal Superior Eleitoral, R$ 1,35 milhão do Fundo Eleitoral para sua campanha.
Na capa da página do Facebook de Misinho, ele pede
Na capa da página do Facebook de Misinho, ele pede "Faça o bem sem olhar a quem"Reprodução
Segundo a investigação, Misinho é intermediário direto do bicheiro Bernardo Bello, um dos alvos da operação sendo considerado foragido. Os promotores afirmam que o inspetor auxilia e representa Bello em reuniões com contraventores e milicianos. Para tentar evitar ser grampeado, Misinho usava três celulares, sendo um deles em nome de terceiros e de uso exclusivo para conversar e trocar mensagens com Bernardo Mello. O contraventor era o único contato salvo no aparelho usado apenas para tratar de "assuntos escusos", segundo o MP.
O lema de campanha de Misinho era "Fazer a diferença". Ao todo, ele conseguiu apenas 7.875 votos e conseguiu uma vaga de suplente, sendo o 17º substituto do partido.
Na denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público do Rio de Janeiro anexou trocas de conversa entre Altamir Senna e o contraventor Bernardo Bello. Em uma delas, ao dizer que recebeu um convite para trocar de quadrilha, Misinho diz que tem "palavra" e é "bandido". Em diversas mensagens, ele se refere ao contato como "irmão".

"Irmão sou de palavra. Trabalho com o crime há 22 anos. Sou cria de favela. Não vou dar mole nunca. Sou bandido", escreveu.
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Policial penal candidato a deputado é um dos presos em operação contra jogo do bicho

Altamir Senna Oliveira Junior, chamado de "Misinho", disputou vaga à câmara federal este ano pelo União Brasil

Policial Penal preso, na operação contra o jogo do bicho, nesta terça-feira (29).Marcos Porto/Agencia O Dia
Publicado 30/11/2022 08:53
Rio - Um policial penal está entre os presos após a deflagração da operação Fim da Linha, contra o jogo do bicho, na manhã da última terça-feira (29). Altamir Senna Oliveira Junior, de 52 anos, conhecido como "Misinho", foi denunciado por organização criminosa e corrupção ativa. Na casa dele, os promotores encontraram R$ 31.800 em espécie. Na última eleição, o servidor foi candidato a deputado federal pelo União Brasil e recebeu, segundo o site do Tribunal Superior Eleitoral, R$ 1,35 milhão do Fundo Eleitoral para sua campanha.
Na capa da página do Facebook de Misinho, ele pede "Faça o bem sem olhar a quem"Reprodução
Segundo a investigação, Misinho é intermediário direto do bicheiro Bernardo Bello, um dos alvos da operação sendo considerado foragido. Os promotores afirmam que o inspetor auxilia e representa Bello em reuniões com contraventores e milicianos. Para tentar evitar ser grampeado, Misinho usava três celulares, sendo um deles em nome de terceiros e de uso exclusivo para conversar e trocar mensagens com Bernardo Mello. O contraventor era o único contato salvo no aparelho usado apenas para tratar de "assuntos escusos", segundo o MP.
O lema de campanha de Misinho era "Fazer a diferença". Ao todo, ele conseguiu apenas 7.875 votos e conseguiu uma vaga de suplente, sendo o 17º substituto do partido.
Na denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público do Rio de Janeiro anexou trocas de conversa entre Altamir Senna e o contraventor Bernardo Bello. Em uma delas, ao dizer que recebeu um convite para trocar de quadrilha, Misinho diz que tem "palavra" e é "bandido". Em diversas mensagens, ele se refere ao contato como "irmão".

"Irmão sou de palavra. Trabalho com o crime há 22 anos. Sou cria de favela. Não vou dar mole nunca. Sou bandido", escreveu.
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