Polícia Civil investiga agressão a vigilante em evento dentro do Jockey Club

Homem relatou que foi roubado e torturado por produtores da festa; uma arma de fogo foi utilizada para as ameaças

Vítima teve fraturas no joelho depois das agressões em evento no Jockey ClubArquivo Pessoal
Publicado 01/12/2022 12:21
Rio - A Polícia Civil investiga um caso de agressão a um vigilante ocorrida na noite do sábado passado (26) durante um evento realizado no Jockey Club, na Gávea, Zona Sul do Rio. O homem, que controlava a entrada das pessoas no local, alega ter sido agredido, roubado e torturado por seguranças e produtores da festa. Agentes da 15ª DP (Gávea), onde o caso foi registrado, trabalham com três hipóteses de crime: extorsão, roubo e tortura.
Segundo o boletim de ocorrência a qual o DIA teve acesso, o vigilante informou que estava na portaria do evento controlando as pulseiras de quem entrava e saía quando duas pessoas vinculadas à produção o abordaram e o acusaram de vender pulseiras para a entrada na festa. 
A vítima ainda disse que foi levada para dentro de um contêiner onde outros dois profissionais já o esperavam. Ele ressaltou que foi interrogado e obrigado a realizar uma transferência de R$ 300 para um dos envolvidos. Posteriormente, a vítima relatou que foi conduzida pelos quatro para a saída, mas outras duas pessoas chegaram e se juntaram aos acusadores.
Neste momento, as agressões teriam começado. Socos, pontapés, pauladas e uma barra de ferro foram os procedimentos relatados no boletim de ocorrência. Uma das pessoas ainda utilizava uma arma de fogo e, depois de coronhadas, exigiu um dinheiro para que o vigilante não fosse morto, conforme o depoimento da vítima. 
Ferido e com fratura no joelho, o vigilante revelou que foi deixado na porta do evento por um carrinho de golfe. Ele conseguiu chamar uma ambulância e foi encaminhado para o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, Zona Sul do Rio. Ainda não há informações sobre o seu estado de saúde.
A delegada Bianca Rodrigues, da 15ª DP (Gávea), responsável pelo caso, informou que dois suspeitos já foram identificados.
"Meu policial esteve com ele [vítima] hoje no hospital. Já há dois suspeitos identificados e serão ouvidos. Estamos buscando testemunhas e imagens. Também estamos em contato com os responsáveis pelo evento e requisitamos a escala dos seguranças que estavam de serviço no dia visando identificar os demais", explicou a delegada.
Sindicato repudia agressões
O vice-presidente do Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio (SINDVIG-RIO) Humberto Rocha informou que está prestando auxílio ao vigilante e que repudia todas as agressões sofridas. A direção do sindicato já entrou em contato com representantes do Jockey Club, da produtora do evento e da empresa a qual o profissional trabalha para esclarecer os fatos.
"É como se aquilo ali não tivesse acontecido no Jockey. Dentro de um local de uma alta sociedade. Quebraram o joelho desse trabalhador. Foi uma tortura que fizeram e há um descaso total em relação a essa situação. Eram seis pessoas agredindo ele, inclusive ligadas a produção do evento", contou Humberto.
A empresa All Class Vigilância e Sanitária, a qual a vítima trabalha, informou que nenhum profissional participou das agressões e que só soube do caso depois de ter acontecido. A All Class completou que não compactua com o crime.
Questionado, o Jockey Club ressaltou que repudia toda forma de violência e informou que está apurando os fatos junto aos organizadores responsáveis pelo evento. Segundo o Jockey, a produtora está em contato com a autoridade policial competente para prestar esclarecimentos. Procurada, a organização ainda não respondeu à reportagem. O espaço está aberto para manifestações.
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Homem relatou que foi roubado e torturado por produtores da festa; uma arma de fogo foi utilizada para as ameaças

Vítima teve fraturas no joelho depois das agressões em evento no Jockey ClubArquivo Pessoal
Publicado 01/12/2022 12:21
Rio - A Polícia Civil investiga um caso de agressão a um vigilante ocorrida na noite do sábado passado (26) durante um evento realizado no Jockey Club, na Gávea, Zona Sul do Rio. O homem, que controlava a entrada das pessoas no local, alega ter sido agredido, roubado e torturado por seguranças e produtores da festa. Agentes da 15ª DP (Gávea), onde o caso foi registrado, trabalham com três hipóteses de crime: extorsão, roubo e tortura.
Segundo o boletim de ocorrência a qual o DIA teve acesso, o vigilante informou que estava na portaria do evento controlando as pulseiras de quem entrava e saía quando duas pessoas vinculadas à produção o abordaram e o acusaram de vender pulseiras para a entrada na festa. 
A vítima ainda disse que foi levada para dentro de um contêiner onde outros dois profissionais já o esperavam. Ele ressaltou que foi interrogado e obrigado a realizar uma transferência de R$ 300 para um dos envolvidos. Posteriormente, a vítima relatou que foi conduzida pelos quatro para a saída, mas outras duas pessoas chegaram e se juntaram aos acusadores.
Neste momento, as agressões teriam começado. Socos, pontapés, pauladas e uma barra de ferro foram os procedimentos relatados no boletim de ocorrência. Uma das pessoas ainda utilizava uma arma de fogo e, depois de coronhadas, exigiu um dinheiro para que o vigilante não fosse morto, conforme o depoimento da vítima. 
Ferido e com fratura no joelho, o vigilante revelou que foi deixado na porta do evento por um carrinho de golfe. Ele conseguiu chamar uma ambulância e foi encaminhado para o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, Zona Sul do Rio. Ainda não há informações sobre o seu estado de saúde.
A delegada Bianca Rodrigues, da 15ª DP (Gávea), responsável pelo caso, informou que dois suspeitos já foram identificados.
"Meu policial esteve com ele [vítima] hoje no hospital. Já há dois suspeitos identificados e serão ouvidos. Estamos buscando testemunhas e imagens. Também estamos em contato com os responsáveis pelo evento e requisitamos a escala dos seguranças que estavam de serviço no dia visando identificar os demais", explicou a delegada.
Sindicato repudia agressões
O vice-presidente do Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio (SINDVIG-RIO) Humberto Rocha informou que está prestando auxílio ao vigilante e que repudia todas as agressões sofridas. A direção do sindicato já entrou em contato com representantes do Jockey Club, da produtora do evento e da empresa a qual o profissional trabalha para esclarecer os fatos.
"É como se aquilo ali não tivesse acontecido no Jockey. Dentro de um local de uma alta sociedade. Quebraram o joelho desse trabalhador. Foi uma tortura que fizeram e há um descaso total em relação a essa situação. Eram seis pessoas agredindo ele, inclusive ligadas a produção do evento", contou Humberto.
A empresa All Class Vigilância e Sanitária, a qual a vítima trabalha, informou que nenhum profissional participou das agressões e que só soube do caso depois de ter acontecido. A All Class completou que não compactua com o crime.
Questionado, o Jockey Club ressaltou que repudia toda forma de violência e informou que está apurando os fatos junto aos organizadores responsáveis pelo evento. Segundo o Jockey, a produtora está em contato com a autoridade policial competente para prestar esclarecimentos. Procurada, a organização ainda não respondeu à reportagem. O espaço está aberto para manifestações.
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