Alexandro trabalhava como barbeiro e deixa um filho de 2 anosReprodução
Publicado 08/12/2022 17:13 | Atualizado 08/12/2022 17:19
Rio - "Estamos de luto. Mais um sorriso apagado", essas são as palavras de Andrea Márcia depois da morte do sobrinho Alexandro Silva, de 21 anos, na noite da última terça-feira (6) na Praça Seca, Zona Oeste do Rio. O sepultamento aconteceu na tarde desta quinta-feira (8) no Cemitério Municipal de Irajá, na Zona Norte.
Alexandro foi morto a tiros na comunidade Bateau Mouche no mesmo dia da morte do policial Ângelo de Azevedo, lotado no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Por meio das redes sociais, a tia da vítima lamentou uma suposta atuação de policiais militares que terminou com a morte do sobrinho.
"Estamos de luto. Mais um sorriso apagado. Até quando as mães terão que chorar a morte de seus filhos por um erro da nossa polícia despreparada? Até quando a sociedade vai aceitar que matem os nossos jovens? Atirar antes de perguntar? O certo seria abordar e investigar e não atirar e depois ver quem é, mas não, atiraram e mataram o Alexandro. Filho amado, pai amoroso e um profissional de destaque. Barbeiro competente que, com a sua profissão, sustentava a sua família, seu filho de apenas 2 aninhos e ajudava sua mãe que esta enferma. Muita indignação", postou Andrea Márcia.
Karen Cristina, mãe do filho de Alexandro, também usou as redes sociais para se despedir do barbeiro. Na postagem, ela revelou que o jovem a chamava de princesa e tinha dedicação com o seu trabalho.
"Quem te conhecia sabia que você era puro. Sempre buscava ajudar e aconselhar a todos. Mesmo estando no fundo do poço nunca deixava de ajudar alguém. Era impossível te conhecer e não se encantar com a sua pureza, com o seu coração grande querendo sempre ajudar. Quero guardar você no meu coração assim, feliz e sempre fazendo o que você gostava. Pode deixar que eu sempre vou falar pro nosso filho que ele tinha um pai excelente e que sempre fez de tudo por ele. Sua princesa também te amará até depois da eternidade", escreveu Karen.
Questionada sobre as acusações, a Polícia Militar informou que uma equipe do 18º BPM (Jacarepaguá) foi acionada para a Rua Cândido Benício, onde encontrou a vítima já em óbito. A Corporação não respondeu se entrou em confronto com criminosos na região.
A Polícia Civil ressaltou que abriu uma investigação para apurar a morte de Alexandro. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) apura o caso em busca de identificar a autoria e a motivação dos disparos.
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