Publicado 08/12/2022 21:50
Rio – O único centro de triagem de animais silvestres do estado do Rio de Janeiro pode ter suas operações encerradas devido ao corte de R$ 45 milhões do Ministério da Economia ao orçamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Devido ao corte, cerca de 500 animais atendidos no centro podem morrer. A informação é do portal de notícias G1.
De acordo com o superintendente do Ibama no Rio, Daniel Rodrigues, em ofício encaminhado ao presidente do Ibama, Eduardo Bin, a situação do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Seropédica, na Baixada Fluminense, é “urgente e periclitante”.
“Diante da impossibilidade do pagamento de todas as obrigações, haverá o fechamento temporário da unidade e a suspensão do recebimento de novos animais. Demonstra-se como urgente e periclitante a situação que envolve ao acondicionamento dos espécimes acolhidos pelo Cetas/Seropédica /Ibama”, disse Daniel em um trecho do ofício.
Anualmente, o centro de triagem de Seropédica recebe aproximadamente dez mil animais. Dentre os animais da unidade, a maioria dos bichos chega doente ou machucada, onde muitos deles são animais apreendidos em operações contra o tráfico ou levados pela própria população, quando encontrados nas cidades. Entre as espécies estão: pássaros, tartarugas, jacarés e tamanduás.
Em decorrência da gravidade da situação, o procurador da república Sérgio Suiama encaminhou uma petição à 30ª Vara Federal de Justiça para reportar o risco de paralisação das atividades do centro de triagem. No documento, o procurador reforçou o risco de morte dos animais que estão atualmente no local. Sérgio lembrou ainda que o funcionamento do Cetas é uma 'obrigação legal' do Ibama.
"A existência desses centros é uma obrigação legal do Ibama. Além dos 500 animais que estão lá hoje abrigados e que correm o risco de morte, há também o problema dos animais que estão sendo resgatados diariamente, tanto por órgãos ambientais estaduais ou municipais e que são levados também aos Cetas", comentou o procurador.
Na petição enviada à Justiça, o procurador pede ao presidente do Ibama e ao Governo Federal a liberação dos recursos necessários. "Eu imagino que isso seja necessário ser feito ainda neste exercício financeiro que se encerra no dia 31 de dezembro".
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