Publicado 22/12/2022 15:21
Rio – A Academia Brasileira de Letras informou, na tarde desta quinta-feira (22), que o corpo da escritora Nélida Piñon deverá ser trazido de Lisboa, em Portugal, para o Rio até a próxima quarta-feira (28). Os trâmites de repatriação atrasaram diante da proximidade do fim de semana e o feriado de Natal. Nélida morreu aos 85 anos, no último sábado (17), em um hospital da capital portuguesa.
O sepultamento ocorrerá no mausoléu da ABL no Cemitério de São João Batista, em Botafogo. As datas do enterro e do velório, entretanto, ainda não foram divulgadas, embora a expectativa seja de que ocorram no dia seguinte à chegada do corpo ao Rio. No dia 2 de março de 2023, a autora receberá uma homenagem no Salão Nobre da Academia.
A escritora foi a primeira mulher presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), além de uma das maiores representantes da literatura do país. Nélida era a quinta ocupante da Cadeira 30, tendo sido eleita em 27 de julho de 1989, na sucessão de Aurélio Buarque de Holanda.
Autora de mais de 20 livros, entre romances, contos, crônicas e infantojuvenis, sua obra já foi traduzida em inúmeros países e recebeu vários prêmios nacionais e internacionais. Entre eles, destacam-se o Prêmio Internacional Juan Rulfo de Literatura Latino-Americana e do Caribe, em 1995 (pela primeira vez para uma mulher e para um autor de língua portuguesa); o Bienal Nestlé, categoria romance, pelo conjunto da obra, em 1991; e o da APCA e o Prêmio Ficção Pen Clube, ambos em 1985, pelo romance “A república dos sonhos”.
A escritora foi a primeira mulher presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), além de uma das maiores representantes da literatura do país. Nélida era a quinta ocupante da Cadeira 30, tendo sido eleita em 27 de julho de 1989, na sucessão de Aurélio Buarque de Holanda.
Autora de mais de 20 livros, entre romances, contos, crônicas e infantojuvenis, sua obra já foi traduzida em inúmeros países e recebeu vários prêmios nacionais e internacionais. Entre eles, destacam-se o Prêmio Internacional Juan Rulfo de Literatura Latino-Americana e do Caribe, em 1995 (pela primeira vez para uma mulher e para um autor de língua portuguesa); o Bienal Nestlé, categoria romance, pelo conjunto da obra, em 1991; e o da APCA e o Prêmio Ficção Pen Clube, ambos em 1985, pelo romance “A república dos sonhos”.
Último desejo
O testamento da escritora garantiu à pinscher Suzy, de 13 anos, e a chihuahua Pilara, de 3, a condição de donas de quatro imóveis em prédios de luxo à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio.
Sem filhos, marido ou parentes próximos, Nélida tinha a preocupação de que as suas duas "meninas", como gostava de chamar as cachorrinhas, mantivessem o alto padrão de vida após a sua morte. Por isso, nenhum dos apartamentos poderá ser vendido enquanto Suzy e Pilara estiverem vivas.
Segundo a secretária e amiga de Nélida, Karla Vasconcelos, de 63 anos, a escritora conseguiu realizar o desejo de se despedir das cadelas no leito do hospital CUF Descobertas, poucas horas antes de morrer.
Sem filhos, marido ou parentes próximos, Nélida tinha a preocupação de que as suas duas "meninas", como gostava de chamar as cachorrinhas, mantivessem o alto padrão de vida após a sua morte. Por isso, nenhum dos apartamentos poderá ser vendido enquanto Suzy e Pilara estiverem vivas.
Segundo a secretária e amiga de Nélida, Karla Vasconcelos, de 63 anos, a escritora conseguiu realizar o desejo de se despedir das cadelas no leito do hospital CUF Descobertas, poucas horas antes de morrer.
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