Panetones foram distribuídos nas Unidades de Reinserção Social (URS) Haroldo Costa e Rio AcolhedorDivulgação
Publicado 23/12/2022 10:25
Rio – Inspirados pelo Natal e pensando em reingressar no mercado de trabalho, cinco pessoas em situação de rua, acolhidas nas Unidades de Reinserção Social (URS) Haroldo Costa, na Taquara, e Rio Acolhedor, Paciência, ambos na Zona Oeste, participaram da oficina de panetone da Secretaria Municipal de Assistência Social e produziram 500 desses bolos tradicionais. Nesta sexta-feira (23), os pantones foram distribuídos nas URS e serão abertos quando todos se reunirem, no sábado (24), para a ceia de Natal.

A produção aconteceu na Padaria do Rão, na Tijuca, Zona Norte, e foi realizada em parceria com o empresário da panificação Fernando Nunes. Os "padeiros natalinos" foram escolhidos por já terem tido experiência no ramo, como o Tiago Rafael da Silva Santos, de 39 anos, que foi ajudante de padeiro e, agora, está decidido a ter uma nova vida. É com a mão na massa, dando forma aos bolos, que ele e outros participantes mostraram seus talentos.

"Gosto de lidar com alimento, de fazer comida, de lidar com massa e me candidatei à oficina. É legal aprender a fazer panetone. Estou aqui para aprender e, mais na frente, poder ajudar outras pessoas também. Há sempre uma luz no final do túnel", afirmou Tiago.

Anderson José da Silva, de 40 anos, não conseguia conter a animação durante os momentos que antecederam a entrada na padaria. "É uma grande oportunidade para retomar a minha vida", declarou, esperançoso com a oportunidade. "Vim ajudar para fazer um Natal melhor para as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade."

Além de Anderson e Tiago, participaram da oficina Cristiano Augusto da Silva Reis, Marcos Flávio dos Santos e Yago Dutra de Oliveira. Os alunos aprenderam técnicas de pesagem, manuseio do material e o passo a passo da confecção dos tradicionais bolos natalinos.

A secretária da pasta, Maria Domingas Pucú, acredita que a iniciativa pode abrir novas portas para os acolhidos. "Parcerias como essa possibilitam que o processo de reinserção social seja bem-sucedido, que é o principal objetivo do nosso trabalho", disse.

"A ideia não é somente fazer panetones agora e, sim, de que eles possam aperfeiçoar suas técnicas e ter outras chances no mercado de trabalho, para geração de sua própria renda", explicou o empresário Fernando Nunes, que partilha da mesma expectativa da secretária e confia em um novo futuro para os participantes.
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