Publicado 10/01/2023 11:59
Rio - Parentes do alemão Tom Klak, de 28 anos, visto pela última vez na madrugada da última quinta-feira (5) em Ipanema, Zona Sul do Rio, estão a caminho do Brasil para acompanhar de perto as investigações sobre o paradeiro dele. A informação foi confirmada pelo ex-namorado e melhor amigo do turista, o brasileiro Felipe Duarte, de 36, nesta terça-feira (10).
De acordo com Duarte, que também vive na Alemanha, ele e a irmã de Tommy, Natalie Urbano, de 26, decidiram vir ao Rio de Janeiro motivados pela falta de informações e o descontentamento da família e amigos com a forma com que a Embaixada Alemã no Brasil tem lidado com o caso.
De acordo com Duarte, que também vive na Alemanha, ele e a irmã de Tommy, Natalie Urbano, de 26, decidiram vir ao Rio de Janeiro motivados pela falta de informações e o descontentamento da família e amigos com a forma com que a Embaixada Alemã no Brasil tem lidado com o caso.
Ele reclamam de não terem recebido suporte e nem informações suficientes sobre as investigações por parte do órgão, o que estaria os deixando bastante preocupados.
"Estamos a caminho do Brasil para ajudar a achar a verdade do que aconteceu. Estamos indo para o Rio e chegamos hoje à noite (10) para acompanhar o caso de perto, saber a real situação e encontrar o Tommy. Estamos muito preocupados com tudo. Eu tenho quase certeza que o Tommy não entrou no mar e se afogou como dizem", desabafou.
A turista e amiga do casal, Zoe, primeira pessoa a relatar o desaparecimento do rapaz alemão, também fez críticas ao Consulado e a Embaixada Alemã, alegando que os órgãos pouco fizeram para dar suporte às pessoas próximas da vítima, deixando-as desamparadas.
"Liguei na quarta-feira (4) para o número de emergência da Embaixada da Alemanha no Brasil, em Brasília, e eles disseram que iriam fazer o acompanhamento na 14ª DP (Leblon). Carlos, funcionário de lá, disse que me enviaria uma mensagem no WhatsApp e tivemos uma conversa. Na quinta-feira (5), eu liguei de novo. Eles me disseram que eu tinha que entrar em contato com o Consulado Alemão do Rio e eu o fiz. Nenhuma resposta. Ninguém respondeu, então eu mandei uma mensagem de volta", contou.
"Depois liguei para o consulado e eles me disseram que não poderiam me ajudar, então respondi ao Carlos dizendo a eles que estava desesperada e que por favor me ajudassem. Ele então me disse que não podia e que o caso estava nas mãos da polícia. Então, na sexta-feira (6) de manhã, enviei uma mensagem de texto para o Consulado com o número da mãe de Tom e pedi ao consulado e a embaixada para entrarem em contato com ela, mas eles apenas leram minha mensagem e não responderam", continuou.
"Estamos a caminho do Brasil para ajudar a achar a verdade do que aconteceu. Estamos indo para o Rio e chegamos hoje à noite (10) para acompanhar o caso de perto, saber a real situação e encontrar o Tommy. Estamos muito preocupados com tudo. Eu tenho quase certeza que o Tommy não entrou no mar e se afogou como dizem", desabafou.
A turista e amiga do casal, Zoe, primeira pessoa a relatar o desaparecimento do rapaz alemão, também fez críticas ao Consulado e a Embaixada Alemã, alegando que os órgãos pouco fizeram para dar suporte às pessoas próximas da vítima, deixando-as desamparadas.
"Liguei na quarta-feira (4) para o número de emergência da Embaixada da Alemanha no Brasil, em Brasília, e eles disseram que iriam fazer o acompanhamento na 14ª DP (Leblon). Carlos, funcionário de lá, disse que me enviaria uma mensagem no WhatsApp e tivemos uma conversa. Na quinta-feira (5), eu liguei de novo. Eles me disseram que eu tinha que entrar em contato com o Consulado Alemão do Rio e eu o fiz. Nenhuma resposta. Ninguém respondeu, então eu mandei uma mensagem de volta", contou.
"Depois liguei para o consulado e eles me disseram que não poderiam me ajudar, então respondi ao Carlos dizendo a eles que estava desesperada e que por favor me ajudassem. Ele então me disse que não podia e que o caso estava nas mãos da polícia. Então, na sexta-feira (6) de manhã, enviei uma mensagem de texto para o Consulado com o número da mãe de Tom e pedi ao consulado e a embaixada para entrarem em contato com ela, mas eles apenas leram minha mensagem e não responderam", continuou.
O DIA não conseguiu contato com as assessorias dos órgãos. O espaço está aberto para manifestação.
Família contesta versão do namorado
Para a família, as alegações do namorado de Tommy, última pessoa a ter contato com o jovem desaparecido, não se sustentam. Leonard Pacheco, de 36 anos, havia dito que estava com Klak quando foi contido por policiais militares ao invadir um prédio na Rua Joana Angélica, em Ipanema e, segundo ele, os agentes teriam espancado ambos. Porém, conforme a PM informou, Pacheco estava sozinho no momento do incidente.
"Muitas coisas não fazem sentido. As histórias não batem e nós queremos esclarecer isso. Pelo que eu entendi, o Leonard já voltou para os Estados Unidos e nós achamos estranho ele ir embora, com o Tommy desaparecido. Parece que, cada hora ele disse uma coisa diferente. Nessa questão da agressão, ele contou que estava com o Tommy no momento. Mas, pela reconstituição que fizemos, nessa hora ele já estava sozinho há muito tempo. Pelo nosso cronograma, ele já estava há 12 horas sem ver o Tommy.
Na versão da PM, agentes do 23° BPM (Leblon) foram acionados porque um homem estrangeiro, que seria Leonard, aparentava estar desorientado e estaria se debatendo na parte interna do edifício, causando transtornos aos moradores.
"Durante a abordagem, o estrangeiro se comportou de forma agressiva, sendo necessário o uso do armamento não letal para que os policiais pudessem imobilizá-lo. O homem foi conduzido ao Hospital Miguel Couto, onde foi medicado e liberado", disse a corporação em nota.
A PM também informou que, anteriormente, na madrugada de quarta-feira (4), Pacheco já teria invadido o mesmo local. "Uma guarnição do 23° BPM foi acionada após o homem ter se aproveitado do descuido de um morador para adentrar as dependências de um condomínio. Nessa primeira abordagem, o homem também aparentava estar alterado, se comportando de forma agressiva. O estrangeiro foi conduzido à Delegacia de Atendimento ao Turista, onde o caso foi registrado.", afirmou.
Família contesta versão do namorado
Para a família, as alegações do namorado de Tommy, última pessoa a ter contato com o jovem desaparecido, não se sustentam. Leonard Pacheco, de 36 anos, havia dito que estava com Klak quando foi contido por policiais militares ao invadir um prédio na Rua Joana Angélica, em Ipanema e, segundo ele, os agentes teriam espancado ambos. Porém, conforme a PM informou, Pacheco estava sozinho no momento do incidente.
"Muitas coisas não fazem sentido. As histórias não batem e nós queremos esclarecer isso. Pelo que eu entendi, o Leonard já voltou para os Estados Unidos e nós achamos estranho ele ir embora, com o Tommy desaparecido. Parece que, cada hora ele disse uma coisa diferente. Nessa questão da agressão, ele contou que estava com o Tommy no momento. Mas, pela reconstituição que fizemos, nessa hora ele já estava sozinho há muito tempo. Pelo nosso cronograma, ele já estava há 12 horas sem ver o Tommy.
Na versão da PM, agentes do 23° BPM (Leblon) foram acionados porque um homem estrangeiro, que seria Leonard, aparentava estar desorientado e estaria se debatendo na parte interna do edifício, causando transtornos aos moradores.
"Durante a abordagem, o estrangeiro se comportou de forma agressiva, sendo necessário o uso do armamento não letal para que os policiais pudessem imobilizá-lo. O homem foi conduzido ao Hospital Miguel Couto, onde foi medicado e liberado", disse a corporação em nota.
A PM também informou que, anteriormente, na madrugada de quarta-feira (4), Pacheco já teria invadido o mesmo local. "Uma guarnição do 23° BPM foi acionada após o homem ter se aproveitado do descuido de um morador para adentrar as dependências de um condomínio. Nessa primeira abordagem, o homem também aparentava estar alterado, se comportando de forma agressiva. O estrangeiro foi conduzido à Delegacia de Atendimento ao Turista, onde o caso foi registrado.", afirmou.
*Reportagem do estagiário Jorge de Mello, sob supervisão de Iuri Corsini
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