Publicado 10/01/2023 19:24 | Atualizado 10/01/2023 20:42
Rio - A ausência de banco de sangue no Hospital Central da Polícia Militar, localizado na Estácio, Zona Central do Rio, preocupa a família do policial reformado Luiz Moreira Filho, de 95 anos, internado na unidade desde para tratar de anemia e pneumonia. Segundo a Polícia Militar, o paciente deu entrada no sábado (7), foi retirado do hospital sem autorização médica no mesmo dia e retornou nesta segunda-feira (9).
O professor Eduardo da Silva, 41, filho do paciente, informou ao DIA que a unidade tinha um depósito de sangue e as pessoas podiam fazer as doações diretamente no local, mas, segundo ele, o espaço está deteriorado e precisando de uma reforma. Enquanto isso, o envio de sangue para o seu pai depende do Hemorio.
Eduardo contou que o pai precisa de doações do tipo O- depois de dar entrada na unidade com dores abdominais no sábado (7). Exames mais precisos diagnosticaram um início de uma pneumonia e a necessidade de doação de sangue devido a anemia. Segundo o professor, o atendimento na unidade está sendo excelente, o pai vem sendo tratado com antibióticos, mas a demora em conseguir sangue preocupa.
"O hospital aqui tinha um banco de sangue só que por algum motivo não tem mais e aparentemente não vai ter. Vai ficar dependendo do Hemorio. Não sei se o motivo do cancelamento é por questão de verba ou por reforma. O local estava muito deteriorado. Já conseguimos cinco voluntários para doar sangue no Hemorio. O hospital já pediu o envio com uma certa urgência e está tentando. O grande lance é que se o banco de sangue tivesse funcionando seria melhor. A única coisa que ficamos preocupado é com a dependência", explicou Eduardo.
Procurado, o Hemorio explicou que está faltando sangue, especificamente o de Rh negativo. De acordo com o órgão, os doadores não estão se mobilizando na velocidade e na demanda que precisam. Por isso, não há previsão de quando o sangue será enviado para o Hospital da PM porque existe uma dependência das doações de sangue feitas pela população.
O Hemorio ainda faz um apelo para que haja um aumento no número dessas doações com o objetivo de salvar vidas. No caso do idoso internado, o órgão explicou que as doações feitas em nome dele não necessariamente vão para ele porque o sangue é destinado para quem mais precisa no momento.
Questionada sobre o assunto, a Polícia Militar respondeu que as obras no hospital já estão em andamento e o estoque de bolsas de sangue fica sob responsabilidade do Hemorio, que é a unidade de saúde responsável pelo sangue em todo o Estado do Rio.
Sobre o caso mencionado, a PM informou que o policial reformado foi retirado da unidade de saúde, sem autorização da equipe médica, no sábado (7), retornando na segunda (9). Luiz, de acordo com a corporação, encontra-se internado e passou por um procedimento de transfusão de sangue nesta terça (10).
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