Mulher é presa por acobertar estupro da própria filha

Ela e o companheiro tiveram prisões temporárias convertidas em preventiva. A vítima, de 3 anos, é filha do casal

A mulher sendo conduzida para a delegacia após a prisãoDivulgação/PCERJ
Publicado 16/01/2023 16:47
Rio - Uma mulher, de 20 anos, foi presa na manhã desta segunda-feira, em Queimados, na Baixada Fluminense, acusada de acobertar crime de estupro cometido pelo seu companheiro contra a própria filha do casal, de apenas 3 anos de idade. O crime aconteceu em outubro do ano passado, quando as investigações tiveram início da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Iguaçu, cidade em que o crime foi cometido.

Os investigadores começaram a atuar no caso a partir de uma denúncia de que uma criança estava internada em estado grave em um hospital da região e havia suspeita de estupro. Logo no início das investigações, a equipe comandada pela delegada Mônica Areal reuniu indícios de que o pai foi o autor do crime e que houve conivência da mãe. No entanto, ainda dezembro, apenas o mandado de prisão contra o homem havia sido expedido pela Justiça. Ele foi preso no dia 20 daquele mês.

Segundo a delegada Mônica Areal, com o avançar das investigações foi possível colher mais informações sobre a participação da mãe da criança para acobertar o crime contra a própria filha e proteger seu companheiro. Ela começou a ser investigada por conta de mudanças sobre a sua versão do crime e após os agentes descobrirem que ela havia avisado ao companheiro que o estupro havia sido descoberto e que ele deveria fugir.
"No Direito, nós temos a figura do agente garantidor. Nesse caso, a mãe tem a obrigação de zelar pelo bem-estar da sua filha e, já que teve conhecimento do crime, deveria ter agido para impedir que os abusos prosseguissem. Como ela acobertou os abusos, inclusive mentindo para a polícia e retardando as investigações, deve responder também pelo crime de estupro de vulnerável, estando sujeita às mesmas penas que também cabem ao executor do crime", explicou a delegada Mônica Areal, titular da Deam de Nova Iguaçu.
O irmão da mulher prestou depoimento na delegacia, e contou aos policiais que ela sabia dos abusos cometidos contra a filha e acobertava o companheiro. O irmão ainda chegou a contar ter ouvido uma conversa, por telefone, entre ela e o autor do crime, em que ela o pedia que ele "a tirasse da confusão".

A mulher foi presa por volta de 9h desta segunda-feira, no endereço em que estava residindo, na Estrada dos Piabas, em Queimados. Tanto ela quanto o companheiro já tiveram os mandados de prisão temporária convertidos em prisão preventiva. A criança vítima teve alta médica ainda dezembro, depois de cerca de dois meses internada em estado grave. Ela foi encaminhada para uma família acolhedora. 
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Mulher é presa por acobertar estupro da própria filha

Ela e o companheiro tiveram prisões temporárias convertidas em preventiva. A vítima, de 3 anos, é filha do casal

A mulher sendo conduzida para a delegacia após a prisãoDivulgação/PCERJ
Publicado 16/01/2023 16:47
Rio - Uma mulher, de 20 anos, foi presa na manhã desta segunda-feira, em Queimados, na Baixada Fluminense, acusada de acobertar crime de estupro cometido pelo seu companheiro contra a própria filha do casal, de apenas 3 anos de idade. O crime aconteceu em outubro do ano passado, quando as investigações tiveram início da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Iguaçu, cidade em que o crime foi cometido.

Os investigadores começaram a atuar no caso a partir de uma denúncia de que uma criança estava internada em estado grave em um hospital da região e havia suspeita de estupro. Logo no início das investigações, a equipe comandada pela delegada Mônica Areal reuniu indícios de que o pai foi o autor do crime e que houve conivência da mãe. No entanto, ainda dezembro, apenas o mandado de prisão contra o homem havia sido expedido pela Justiça. Ele foi preso no dia 20 daquele mês.

Segundo a delegada Mônica Areal, com o avançar das investigações foi possível colher mais informações sobre a participação da mãe da criança para acobertar o crime contra a própria filha e proteger seu companheiro. Ela começou a ser investigada por conta de mudanças sobre a sua versão do crime e após os agentes descobrirem que ela havia avisado ao companheiro que o estupro havia sido descoberto e que ele deveria fugir.
"No Direito, nós temos a figura do agente garantidor. Nesse caso, a mãe tem a obrigação de zelar pelo bem-estar da sua filha e, já que teve conhecimento do crime, deveria ter agido para impedir que os abusos prosseguissem. Como ela acobertou os abusos, inclusive mentindo para a polícia e retardando as investigações, deve responder também pelo crime de estupro de vulnerável, estando sujeita às mesmas penas que também cabem ao executor do crime", explicou a delegada Mônica Areal, titular da Deam de Nova Iguaçu.
O irmão da mulher prestou depoimento na delegacia, e contou aos policiais que ela sabia dos abusos cometidos contra a filha e acobertava o companheiro. O irmão ainda chegou a contar ter ouvido uma conversa, por telefone, entre ela e o autor do crime, em que ela o pedia que ele "a tirasse da confusão".

A mulher foi presa por volta de 9h desta segunda-feira, no endereço em que estava residindo, na Estrada dos Piabas, em Queimados. Tanto ela quanto o companheiro já tiveram os mandados de prisão temporária convertidos em prisão preventiva. A criança vítima teve alta médica ainda dezembro, depois de cerca de dois meses internada em estado grave. Ela foi encaminhada para uma família acolhedora. 
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