Publicado 19/01/2023 13:28
Rio - Foram demitidos na semana passada os dois professores investigados por assediar alunas no Colégio Brigadeiro Newton Braga, subordinado à Força Aérea Brasileira (FAB), na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. Um grupo de alunas e ex-alunas realizou a denúncia à Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro (OAB-RJ) em abril de 2022.
As demissões foram publicadas em portarias no Diário Oficial da União pelo comandante da aeronáutica Tenente-Brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, que tomou posse no dia 2 de janeiro. O novo chefe da FAB demitiu o professor de Educação Física Álvaro Luiz Pereira Barros no último dia 9 e o de História Eduardo Silva Mistura no dia 10 de janeiro. Ambos em razão da violação ao art. 132, inciso V, da Lei 8.112/90: incontinência pública e conduta escandalosa na repartição.
Os abusos teriam ocorrido do ano de 2014 até 2020, enquanto as vítimas ainda eram alunas da unidade e, algumas delas, menores de idade. Elas relataram ainda que já tinham conhecimento de assédio antes mesmo de 2014. No material fornecido para a OAB, constam prints de aplicativos de mensagens, onde os professores apresentam um comportamento abusivo de maneira constante com as estudantes. Ambos davam aulas para o ensino médio e fundamental da instituição.
Os abusos teriam ocorrido do ano de 2014 até 2020, enquanto as vítimas ainda eram alunas da unidade e, algumas delas, menores de idade. Elas relataram ainda que já tinham conhecimento de assédio antes mesmo de 2014. No material fornecido para a OAB, constam prints de aplicativos de mensagens, onde os professores apresentam um comportamento abusivo de maneira constante com as estudantes. Ambos davam aulas para o ensino médio e fundamental da instituição.
Entre os relatos, uma ex-estagiária de Educação Física da UFRJ contou que frequentava o colégio para prática de ensino. Ela afirmou à CDHAJ que um dos suspeitos tocou em sua coxa durante uma aula, em 2016. O relato da ex-estagiária vai ao encontro do modo de agir dos suspeitos nas outras ocasiões denunciadas. Além do contato físico não autorizado, há registros de conversas abusivas por meio de redes sociais. Depois do assédio, a universitária abandonou o estágio, o que colocou a perder um período da faculdade, já que as horas de dedicação ao colégio não foram contabilizadas.
A vítima também contou que pediu formalmente uma reunião com a direção da escola da Aeronáutica. Entretanto, no dia marcado, o colégio não enviou um representante. A escola era criticada por abrir Procedimentos Administrativos Disciplinares, ainda no ano de 2021, que nunca eram concluídos.
Finalmente, o procedimento administrativo foi concluído e os professores demitidos neste mês. Além da apuração interna, os suspeitos também são investigados pelo Ministério Público Federal em um processo que corre sob sigilo.
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