Publicado 26/01/2023 19:29
Rio - Melhorar a cidade e o estado usando a perspectiva do morador. Essa foi a ideia de três alunos de cursos de engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que juntos desenvolveram um projeto voluntário focado em trazer soluções práticas para demandas da sociedade. Chamado de 'Engenhando a Cidade', o projeto já desenvolveu e sugeriu pelo menos sete ações de melhorias ao poder público.
Encabeçado por Francisco Victer, em parceria com os colegas Severino Virgínio Martins Neto e Yan Monteiro, o projeto atua em duas linhas principais: melhora na qualidade de vida da população e no meio ambiente.
"O 'Engenhando' começou de uma maneira muito espontânea. A gente não planejava formalizar ou profissionalizar ele. Na verdade, foi uma coisa bem natural (...) O que acontecia? Nós moramos aqui na Ilha do Governador, frequentávamos muitos lugares em comum e víamos problemas, problemas graves, e que seriam muito fáceis de resolver, mas não eram por uma falta de organização. E as vezes porque os órgãos públicos, tanto prefeitura e estado não tem necessariamente olhos em todos os lugares e planos feitos para intervir", comentou Francisco.
Segundo o aluno, que está prestes a se formar em Engenharia de Produção, a ideia a partir dos problemas é pensar em iniciativas de solução simples e práticas. Uma dessas ações, inclusive, já resultou na criação de um Projeto de Lei aprovado em outubro do ano passado, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
"Fizemos um Projeto de Lei das composturas orgânicas nas escolas do Estado. Com esse projeto, determinamos que a secretaria de estado de educação colocasse uma compostura orgânica em cada escola", explicou.
O equipamento pensado para as escolas auxiliará na redução de 50% da emissão de resíduos gerados por essas escolas.
"A Compostura é um jeito muito simples de se ter um retorno muito grande. Enquanto ela reduz os resíduos, você tem o fato de que é uma escola. Ela é um ponto de educação e disseminação de conhecimento, o estudante vai ver, pegar produtos gerados pela horta e contar para os pais e familiares", reforçou Victer.
Melhorias
Na outra linha de atuação, o Engenhando a Cidade também tem projetos para melhoria da qualidade de vida em espaços públicos, como no Parque Marcelo Ipanema, na Praia da Bica, na Ilha.
"É uma paisagem absolutamente linda, que tem uma vista de toda Baía de Guanabara, você consegue ver a Ponte, o Centro do Rio de Janeiro, Niterói, e que hoje está totalmente abandonado", avaliou Francisco.
O grupo também projetou um retorno na Estrada do Galeão, que poderia, segundo eles, reduzir o número alto de acidentes na via. "Com uma mudança na pista de aceleração, o Yan fez um projeto que basicamente ia minimizar a chance de acontecer qualquer acidente", disse.
Desafios
De acordo com os alunos, o maior desafio do projeto atualmente é conseguir tirar do papel as propostas. O caminho até o poder público é um desses entraves no processo.
"Por exemplo, se falamos de uma reforma de um parque, será que vamos na Fundação Parques e Jardins? Será que você vai na secretaria de obras do município? Será que você vai na secretaria de lazer? Ou será que vai no Estado, porque esse local está em uma jurisdição do Estado?", pontuou Francisco, que ainda citou outro desafio: "Depois dessa etapa, ainda temos a tarefa de nos fazer ouvidos, porque muitas vezes isso não acontece", revelou.
Depois da aprovação do PL das compostagens, os responsáveis pelo Engenhando a Cidade reforçam que seguem na missão de emplacar outras ações de melhoria para a sociedade civil. Para Francisco, o caminho será sempre começar pelo problema e não pela solução.
"Nossa intenção é continuar estudando e observando o que podemos fazer para melhorar o nosso Rio de Janeiro. As vezes temos uma solução em busca de um problema. Nós vamos no caminho inverso, procuramos o problema e vamos buscar a solução para ele. Estamos sempre abertos a sugestões, temos as nossas redes sociais, site e volta e meia surge uma sugestão legal. Vamos seguir trabalhando assim e observando. Esperamos trabalhar para sempre ter um Rio melhor", finalizou.
Segundo o aluno, que está prestes a se formar em Engenharia de Produção, a ideia a partir dos problemas é pensar em iniciativas de solução simples e práticas. Uma dessas ações, inclusive, já resultou na criação de um Projeto de Lei aprovado em outubro do ano passado, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
"Fizemos um Projeto de Lei das composturas orgânicas nas escolas do Estado. Com esse projeto, determinamos que a secretaria de estado de educação colocasse uma compostura orgânica em cada escola", explicou.
O equipamento pensado para as escolas auxiliará na redução de 50% da emissão de resíduos gerados por essas escolas.
"A Compostura é um jeito muito simples de se ter um retorno muito grande. Enquanto ela reduz os resíduos, você tem o fato de que é uma escola. Ela é um ponto de educação e disseminação de conhecimento, o estudante vai ver, pegar produtos gerados pela horta e contar para os pais e familiares", reforçou Victer.
Melhorias
Na outra linha de atuação, o Engenhando a Cidade também tem projetos para melhoria da qualidade de vida em espaços públicos, como no Parque Marcelo Ipanema, na Praia da Bica, na Ilha.
"É uma paisagem absolutamente linda, que tem uma vista de toda Baía de Guanabara, você consegue ver a Ponte, o Centro do Rio de Janeiro, Niterói, e que hoje está totalmente abandonado", avaliou Francisco.
O grupo também projetou um retorno na Estrada do Galeão, que poderia, segundo eles, reduzir o número alto de acidentes na via. "Com uma mudança na pista de aceleração, o Yan fez um projeto que basicamente ia minimizar a chance de acontecer qualquer acidente", disse.
Desafios
De acordo com os alunos, o maior desafio do projeto atualmente é conseguir tirar do papel as propostas. O caminho até o poder público é um desses entraves no processo.
"Por exemplo, se falamos de uma reforma de um parque, será que vamos na Fundação Parques e Jardins? Será que você vai na secretaria de obras do município? Será que você vai na secretaria de lazer? Ou será que vai no Estado, porque esse local está em uma jurisdição do Estado?", pontuou Francisco, que ainda citou outro desafio: "Depois dessa etapa, ainda temos a tarefa de nos fazer ouvidos, porque muitas vezes isso não acontece", revelou.
Depois da aprovação do PL das compostagens, os responsáveis pelo Engenhando a Cidade reforçam que seguem na missão de emplacar outras ações de melhoria para a sociedade civil. Para Francisco, o caminho será sempre começar pelo problema e não pela solução.
"Nossa intenção é continuar estudando e observando o que podemos fazer para melhorar o nosso Rio de Janeiro. As vezes temos uma solução em busca de um problema. Nós vamos no caminho inverso, procuramos o problema e vamos buscar a solução para ele. Estamos sempre abertos a sugestões, temos as nossas redes sociais, site e volta e meia surge uma sugestão legal. Vamos seguir trabalhando assim e observando. Esperamos trabalhar para sempre ter um Rio melhor", finalizou.
Estudantes de engenharia da UFRJ criam projetos para promover ações de melhorias Divulgação
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