Publicado 09/02/2023 08:48
Rio - A Polícia Civil realiza a operação "Tamboril", nesta quinta-feira (9), contra uma quadrilha especializada na prática de roubo e extorsão por meio do pix, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Até o momento, um homem, identificado como Wallinsson Dantas dos Santos, foi preso.
Os agentes tem como objetivo o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária, cinco mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Criminal da comarca de Nova Iguaçu.
Os agentes tem como objetivo o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária, cinco mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Criminal da comarca de Nova Iguaçu.
De acordo com o delegado titular da 56ª DP (Comendador Soares), Evaristo Pontes, a Polícia Civil investiga mais de 15 inquéritos ligados ao crime. "Nós fizemos o levantamento das ações que esse grupo praticou aqui na área do bairro Lagoinha e no KM 32. Nos últimos seis meses nós levantamos mais de quinze inquéritos, vinte e sete vítimas que somaram um valor aproximado de R$ 150 mil que eles roubaram dessas vítimas".
Segundo as investigações, que estão em andamento na 56ª DP, as vítimas são atraídas por anúncios de venda de veículos publicados nas plataformas digitais. Após início das tratativas de compra e venda entre o suposto vendedor e o comprador, o criminoso atraia o comprador para ver o veículo e fechar negócio. Além disso, ficava combinado de que o pagamento deveria ser feito preferencialmente mediante transferência bancária na modalidade de pix.
Ao chegarem no local indicado pelo suposto vendedor, as vítimas eram surpreendidas por um grupo de criminosos armados de pistolas e fuzis, que sequestravam as vítimas, subtraíam todos os pertences pessoais e em seguida as levava para área de mata onde, mediante tortura, agressão com coronhadas e ameaça de morte, eram obrigadas a revelarem as senhas dos celulares e dos aplicativos de banco.
Com posse das senhas, os criminosos realizavam transferências bancárias via pix de todos os valores disponíveis nas contas das vítimas para contas de outras pessoas envolvidas com o grupo.
"Nas áreas de mata, eles ficavam de quarenta minutos até duas horas com essas vítimas torturando, e obrigavam a revelar as senhas do do telefone celular e do aplicativo do banco. Então eles faziam toda transferência e às vezes até ligavam para familiares pedindo mais dinheiro', contou o delegado.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo atua na comunidade da Lagoinha e nos arredores. Os criminosos foram indiciados por roubo majorado, extorsão e associação criminosa.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo atua na comunidade da Lagoinha e nos arredores. Os criminosos foram indiciados por roubo majorado, extorsão e associação criminosa.
Um homem, identificado apenas como Leonardo, é apontado como líder da organização criminosa. Ele ainda não foi preso e segue foragido. "O Leonardo nós indicamos como líder dessa quadrilha. Ele é um criminoso que tem dez anotações criminais por envolvimento em latrocínio, homicídio, roubo, dos mais diversos tipos de crime. Já foi preso, já foi solto e nós estamos com planejamento sim de capturá-lo".
Entre junho de 2022 e janeiro de 2023, a quadrilha fez 27 vítimas, totalizando um prejuízo de aproximadamente R$ 150 mil. A Civil ainda afirmou que outros grupos de criminosos que atuam na mesma modalidade estão sendo investigados.
Entre junho de 2022 e janeiro de 2023, a quadrilha fez 27 vítimas, totalizando um prejuízo de aproximadamente R$ 150 mil. A Civil ainda afirmou que outros grupos de criminosos que atuam na mesma modalidade estão sendo investigados.
O delegado ainda contou que grande parte dos integrantes da quadrilha também atuam na milícia local e a prática criminosa está sendo vista como uma nova forma de angariar dinheiro para dominação da região. Também seria através da milícia que o grupo conseguia acesso as armas.
"Dentre algumas quadrilhas, nós já identificamos quatro, pelo menos as identificadas que estão praticando esse tipo de crime, nós temos pessoas envolvidas com a milícia. E a prática de algumas quadrilhas é compatível, inclusive se apresentam para as vítimas como sendo integrantes da milícia. E portando fuzis e pistolas dentro de uma área dominada pela milícia. Está ficando claro que essa é mais uma forma que a milícia está encontrando para arrecadar dinheiro', explicou.
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