Publicado 09/02/2023 09:10
Rio - Condenado e preso pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2019, Ronnie Lessa foi expulso da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ). A decisão foi publicada nesta quarta-feira (8), através de um boletim interno da corporação. As informações são do 'Bom Dia Rio', da 'TV Globo'.
A publicação destacou que ele descumpriu preceitos éticos e estatutários que devem ser cumpridos pelos oficiais da corporação. Na decisão também foi ressaltado que Lessa se encontra 'desvencilhado da ética e da moral que regem a Bicentenária Instituição, tornando-se incapaz de permanecer nas fileiras inativas da Corporação'.
A determinação também caracterizou a conduta do agora ex-PM como 'execrável', ou seja, abominável.
"Nota-se que com a sua execrável conduta, descumpriu preceitos éticos e estatutários em vigor, mormente o preconizado no parágrafo único do art. 14 da Portaria/PMERJ n.º 254 – IR -22, de 07 de abril de 2005, que trata acerca das Instruções reguladoras para aquisição, registro, transferência, porte, transporte, extravio, furto, roubo, acautelamento e devolução de armas de fogo e munições de policiais militares", afirmou um trecho do documento.
"Nota-se que com a sua execrável conduta, descumpriu preceitos éticos e estatutários em vigor, mormente o preconizado no parágrafo único do art. 14 da Portaria/PMERJ n.º 254 – IR -22, de 07 de abril de 2005, que trata acerca das Instruções reguladoras para aquisição, registro, transferência, porte, transporte, extravio, furto, roubo, acautelamento e devolução de armas de fogo e munições de policiais militares", afirmou um trecho do documento.
Procurada para esclarecer o motivo da expulsão do ex-militar anos após suas condenações, a Polícia Militar não quis comentar o caso.
Ronnie foi preso em março de 2019. Uma denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) aponta que ele e Élcio de Queiroz são os assassinos de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Contra a dupla, também há a acusação de tentativa de assassinato contra a assessora Fernanda Chaves, que estava no carro ao lado da vereadora no momento dos disparos, mas conseguiu escapar pelo fato de involuntariamente ter sido protegida pelo corpo de Marielle.
Em outubro do ano passado, Lessa recebeu uma nova pena de 13 anos, 6 meses e 22 dias pela posse de 117 fuzis e farta munição, que foram encontrados na casa do seu amigo Alexandre Motta de Souza na semana de sua prisão. Os fuzis, sem os canos, estavam desmontados dentro de caixas.
Segundo a sentença, quando a polícia chegou à casa de Alexandre, ele mostrou extremamente nervoso e alegou não saber o conteúdo das caixas, alegando que as guardou em seu apartamento no Méier por pedido de Lessa, com quem tinha uma relação de amizade de mais de 35 anos, sem questioná-lo sobre o conteúdo.
No prosseguimento das investigações, foi constatado que a posse efetiva dos fuzis era de Ronnie Lessa e que as armas seriam revendidas a traficantes e milicianos. Na decisão, a juíza Alessandra Bilac, da 40ª Vara Criminal do Estado do Rio de Janeiro, afirmou na ocasião que '...as circunstâncias, motivos e consequências do crime são extremamente gravosos. O acusado possuía em depósito inúmeras peças aptas a montar pelo menos 117 fuzis, além de inúmeros acessórios para armas de fogo'.
Segundo a sentença, quando a polícia chegou à casa de Alexandre, ele mostrou extremamente nervoso e alegou não saber o conteúdo das caixas, alegando que as guardou em seu apartamento no Méier por pedido de Lessa, com quem tinha uma relação de amizade de mais de 35 anos, sem questioná-lo sobre o conteúdo.
No prosseguimento das investigações, foi constatado que a posse efetiva dos fuzis era de Ronnie Lessa e que as armas seriam revendidas a traficantes e milicianos. Na decisão, a juíza Alessandra Bilac, da 40ª Vara Criminal do Estado do Rio de Janeiro, afirmou na ocasião que '...as circunstâncias, motivos e consequências do crime são extremamente gravosos. O acusado possuía em depósito inúmeras peças aptas a montar pelo menos 117 fuzis, além de inúmeros acessórios para armas de fogo'.
A decisão aponta ainda que o crime colocava em risco a já vulnerável segurança do estado do Rio de Janeiro 'na medida em que as armas eram destinadas à revenda, alimentando assim cadeias de criminalidade'.
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