Publicado 13/02/2023 07:00
O start na folia foi dado e os foliões já ocupam as ruas com suas fantasias e marchinhas. Em fevereiro, há quem prefira os blocos nas avenidas, mas também há aqueles que fogem do agito a qualquer custo. De acordo com a RioTur, neste ano foram 613 blocos inscritos, com 415 registrados e previsão de 456 desfiles. A expectativa do órgão é de que cinco milhões de pessoas circulem pela cidade no período do Carnaval.
A publicitária Andressa Couto, de 36 anos, não gosta da tradição da rua e escolhe pular o seu Carnaval em festas fechadas por causa da organização e da segurança. Além de possíveis perigos da folia de rua, ela cita também o problema do calor.
"Não vejo segurança e não gosto de marchinha. A maioria é meio que a mesma coisa, muito perrengue, calor. Opto por curtir alguma coisa mais privativa, que ofereça mais segurança, diversão e conforto também".
A publicitária prefere pegar esses dias de recesso para viajar e fazer algo mais tranquilo. "Nunca fui muito fã de carnaval. Não tem muita novidade e o trajeto dos desfiles são os mesmos, principalmente no Centro. Eu trabalho lá todo dia e não gosto", comentou ela.
Juliana Schultz, sócia da agência Vibra e uma das idealizadoras do Festival Auê, contou que desde adolescente sentia falta de um programa à noite durante o Carnaval, que reunisse shows, blocos e festas.
"A gente adora curtir a festa de rua, a Sapucaí e tudo que envolva a cultura e a música popular brasileira. Antigamente, sentíamos falta de um evento que fosse a nossa cara e identidade, então, como somos mulheres, nos sentimentos mais protegidos em um local seguro, de fácil acesso e coberto para caso de chuva. Nós vemos a nossa festa como uma opção para quem curte tudo que envolva a carnavalidade".
Para Juliana, todos os tipos de programas para comemorar a festa são válidos.
"Na nossa festa parte do público curte bloco de dia e vai direto para o evento à noite. E tem também a galera que prefere curtir um programa mais tranquilo de dia e curtir uma festa à noite. Como a programação é bem diversa, acabamos atraindo vários perfis de público de diferentes estados, idades, entre outros".
A psicóloga Dara Gonçalves, 27, dá prioridade às festas mais fechadas por causa do conforto e da qualidade do evento.
"Eu gosto de festa privada por causa da vibe do pessoal e também porque acho mais seguro, principalmente por ser mulher. A gente já vive um assédio rotineiro, é melhor curtirmos um evento em um lugar fechado para que isso não aconteça. Além do mais, geralmente a programação é mais atraente também, em termos de música, e com maior conforto. Sem contar que muitas têm até open bar, o que facilita a preferência".
A festa do Carnaval é para todos e, por isso, Edu Machado, de 37 anos, advogado, escolhe comemorá-la seguindo todos os blocos. "Para mim, esse período é a mais pura manifestação popular em sua essência. É a personificação da palavra diversão, libertação, mas que para mim, assim como para muitos, também é uma forma de trabalho".
Edu é musicista do Vem Cá Minha Flor e de outros cortejos que desfilam pelas ruas do Centro do Rio.
"No carnaval em geral, o mais mágico pra mim é ver as pessoas na rua brincando, se divertindo, se fantasiando, pessoas com empregos chatos e responsabilidades diárias, classes sociais diferentes, tudo junto, tocando, pulando, se divertindo como se não houvesse amanhã", finalizou o folião.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.