Publicado 14/02/2023 12:15
Rio - O ex-prefeito do Rio e atual deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos) se tornou réu no caso que ficou conhecido como QG da Propina na Prefeitura do Rio. A Justiça Eleitoral aceitou a denúncia, no último dia 26 de janeiro, contra o político e outras 25 pessoas acusadas por caixa 2 eleitoral, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
As investigações começaram após a delação do doleiro Sergio Mizhray, que tinha sido preso na Operação Câmbio Desligo, um desdobramento da Lava Jato no Rio. Segundo o MP, a suposta organização criminosa teria tido início antes mesmo da eleição de 2016 à Prefeitura do Rio, quando o estão candidato recebeu, de um grupo de empresários, R$ 1 milhão em dinheiro vivo, que não foi declarado na prestação de contas da campanha. Para o MP, isso caracteriza o crime de falsidade ideológica eleitoral, o famoso “caixa 2”.
Para os promotores, "QG da Propina" tinha a função de aliciar empresas que queriam firmar contratos com a prefeitura ou precisavam receber restos a pagar por serviços prestados. Para poderem furar a fila, elas pagavam um percentual de 3% a 5% em propina sobre os valores.
Com isso, ainda de acordo com o MP, foram arrecadados mais de R$ 50 milhões durante o governo de Marcelo Crivella a frente da administração municipal.
Por esse caso, o ex-prefeito chegou a ser preso em dezembro de 2020, dias antes do fim de seu mandato na prefeitura. Ele ficou um dia no presídio de Benfica, na zona norte do Rio, antes de conseguir prisão domiciliar por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Em fevereiro do ano seguinte, o STF revogou a prisão domiciliar e concedeu liberdade a Crivella.
De acordo com a defesa de Crivella, "o próprio Ministério Público Eleitoral afirmou há dois anos, não há nenhuma prova contra o ex-prefeito que justificasse um processo criminal”. A nota afirma ainda que “a defesa acredita que o arquivamento deve ser mantido”.
De acordo com a defesa de Crivella, "o próprio Ministério Público Eleitoral afirmou há dois anos, não há nenhuma prova contra o ex-prefeito que justificasse um processo criminal”. A nota afirma ainda que “a defesa acredita que o arquivamento deve ser mantido”.
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