Publicado 14/02/2023 17:15
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) adiou a audiência de instrução e julgamento da defensora pública aposentada Cláudia Alvarim Barrozo, que seria realizada nesta terça-feira (14) no Fórum de Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A mulher é acusada de cometer injúria racial contra dois entregadores dentro de um condomínio de Itaipu, em abril de 2022. A audiência foi marcada para o dia 16 de março.
O adiamento aconteceu pela falta de duas testemunhas arroladas pela defesa da ré. Segundo o advogado Marcello Ramalho, uma das pessoas que estava sendo esperada foi intimada, mas não deu nenhuma justificativa sobre o motivo da falta. Por isso, a Justiça determinou a condução coercitiva da testemunha no dia previsto para o próximo julgamento.
"A audiência foi adiada por pedido da defesa. A testemunha, embora tenha sido intimada, não compareceu. Ela não deveria ter faltado e não justificou. Ela tinha o dever legal de depor, o que não fez. Agora ela será conduzida por força policial a comparecer na audiência", disse o advogado.
Marcello ainda informou que a outra testemunha, que mora na cidade de Itaocara, no Noroeste do estado, não recebeu a intimação porque o cartório não expediu a carta precatória solicitada. Além das duas testemunhas, a audiência também contaria com o depoimento da defensora pública aposentada.
"A expectativa da defesa é que ela seja absolvida. Ainda aguardamos o encerramento da instrução para poder abrir esse cenário para a defesa", completou Ramalho.
Já o advogado Joab Gama, que representa os entregadores Eduardo Peçanha Marques e Jonathan Souza Mendonça, o processo está sendo favorável para a condenação de Cláudia Barrozo. De acordo com ele, a Justiça será realizada.
"A expectativa é a certeza de um decreto condenatório. Sabemos que a insistência nessas supostas testemunhas e o pedido de realização de perícia são questões protelatória. Ao final, será inevitável a condenação da acusada e os garfos terão ao menos um pouquinho do senso de justiça realizado", contou o advogado.
Defensora agrediu repórteres na última audiência
Na audiência realizada no dia 17 de novembro de 2022, a defensora pública aposentada e Ana Cláudia Alvarim, sua filha, agrediram os jornalistas que faziam a cobertura do julgamento. A filha atingiu o rosto do repórter Erick Rianelli, da TV Globo, ao dar um tapa no telefone que o repórter usava para gravar a saída de Cláudia.
Na época, os dois entregadores foram ouvidos em juízo, e a advogada foi interrogada. Entretanto, Cláudia teria ofendido uma das testemunhas durante o depoimento. Logo em seguida, a defensora alegou estar passando mal e deixou a sala antes do fim da sessão.
Relembre o caso
No dia 30 de abril, a Polícia Civil iniciou uma investigação de um caso de injúria racial em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, quando a defensora pública aposentada agrediu verbalmente dois entregadores em um condomínio de luxo em Itaipu.
No vídeo gravado por um dos trabalhadores, é possível ouvir a mulher os chamando de "macacos". Após ela ofendê-los, ela entra em um carro de luxo e arranca saindo do local. Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado na 81ª DP (Itaipu) como injúria por preconceito.
Claudia foi chamada para ir à 81ª DP (Itaipu) três vezes após o registro da ocorrência, mas, de acordo com o delegado Carlos César Santos, que atuava como titular da delegacia na época, ela não se apresentou em nenhuma das oportunidades, tampouco no período de conclusão das investigações. O inquérito foi fechado e encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) somente com o depoimento das vítimas.
No dia 30 de abril, a Polícia Civil iniciou uma investigação de um caso de injúria racial em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, quando a defensora pública aposentada agrediu verbalmente dois entregadores em um condomínio de luxo em Itaipu.
No vídeo gravado por um dos trabalhadores, é possível ouvir a mulher os chamando de "macacos". Após ela ofendê-los, ela entra em um carro de luxo e arranca saindo do local. Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado na 81ª DP (Itaipu) como injúria por preconceito.
Claudia foi chamada para ir à 81ª DP (Itaipu) três vezes após o registro da ocorrência, mas, de acordo com o delegado Carlos César Santos, que atuava como titular da delegacia na época, ela não se apresentou em nenhuma das oportunidades, tampouco no período de conclusão das investigações. O inquérito foi fechado e encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) somente com o depoimento das vítimas.
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