Publicado 27/02/2023 10:59
Rio - O adolescente Guilherme Valentim, 15 anos, morreu por leptospirose, na última quinta-feira (23), após enfrentar enchentes no bairro Vila Lage, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, devido às fortes chuvas que atingiram a cidade.
Guilherme chegou a ficar três dias internado no Pronto Socorro Central de São Gonçalo, com a forma grave da doença. Segundo a mãe de Guilherme, Andrea de Souza Silva, a casa deles alagou e o filho a ajudou a remover os móveis e limpar o local, e por isso acabou tendo bastante contato com água que possivelmente estava contaminada.
“As duas chuvas que tiveram em São Gonçalo, acabaram entrando na minha casa e ele me ajudou a tirar os móveis, as coisas pra não perder, como geladeira, fogão e documentos. Em todas as duas enchentes, ele ficou um pouco dentro de casa, pra tirar a água. E quando foi na sexta, dia 17, ele teve uma febre alta e dor de garganta, já no sábado não teve mais febre, mas ficou enjoado, e no domingo ele acordou melhor, mas sem vontade de comer, a garganta não doía mais, se sentia enjoado mas não conseguia dizer direito o que era, ele até foi pular um pouquinho o Carnaval e voltou pra casa, mas na segunda ele se sentiu novamente um pouco enjoado, sem vontade de comer e vomitou, na terça ele sentiu dores nas pernas, comeu um pouco, mais ainda estava um pouco enjoado ainda, na quarta ele já não conseguiu mais levantar da cama, estava sem vontade de comer, enjoado, mas não tinha febre, mas quando foi na parte da tarde, as pernas começaram a doer demais, e então fomos pro Pronto Socorro”, contou.
Andrea explicou ainda que Guilherme começou a ficar amarelo, precisou ficar no CTI e sofreu graves hemorragias.
“Quando chegamos no Pronto Socorro, ele sentiu uma dor que ele não conseguia suportar, passamos por exame de sangue, e ele foi ficando cada vez mais amarelo e com olhos amarelos, quando o resultado do exame saiu, a médica falou que a suspeita era de leptospirose, que era grave, e que ele teria que ficar internado e provavelmente no CTI. Ele ficou na sala de medicamentos, começou a vomitar filetes de sangue, depois de madrugada foi para maca, com todos os enfermeiros ajudando, quando foi na parte da manhã do dia seguinte conseguiram mobilizar, e conseguiram um leito no CTI, mas ele já estava com muita falta de ar e o coração muito acelerado e eu não podia ficar com ele, a médica disse que quando dói 19h ele começou a piorar, o pulmão dele ficou cheio de sangue, e ele começou a ter hemorragias, e não conseguiram mais, fizeram de tudo, mas não conseguiram salvar meu menino. A hemorragia estava saindo pelos olhos, pelos nariz, boca, ouvido, e ele nao aguentava mais, eles disseram que fizeram de tudo, mas a doença estava muito rápida e muito grave”, lamentou.
De acordo com o Instituto Projeto Luz, Guilherme sonhava em ser jogador de futebol e era um jovem responsável, competente e habilidoso. “Muito querido pelos alunos e colaboradores do nosso Instituto. Foi uma honra receber você, Guilherme, em nossas tardes, se dedicando aos treinos e participando com alegria e comprometimento dos nossos eventos”, disse a ONG.
Guilherme chegou a ficar três dias internado no Pronto Socorro Central de São Gonçalo, com a forma grave da doença. Segundo a mãe de Guilherme, Andrea de Souza Silva, a casa deles alagou e o filho a ajudou a remover os móveis e limpar o local, e por isso acabou tendo bastante contato com água que possivelmente estava contaminada.
“As duas chuvas que tiveram em São Gonçalo, acabaram entrando na minha casa e ele me ajudou a tirar os móveis, as coisas pra não perder, como geladeira, fogão e documentos. Em todas as duas enchentes, ele ficou um pouco dentro de casa, pra tirar a água. E quando foi na sexta, dia 17, ele teve uma febre alta e dor de garganta, já no sábado não teve mais febre, mas ficou enjoado, e no domingo ele acordou melhor, mas sem vontade de comer, a garganta não doía mais, se sentia enjoado mas não conseguia dizer direito o que era, ele até foi pular um pouquinho o Carnaval e voltou pra casa, mas na segunda ele se sentiu novamente um pouco enjoado, sem vontade de comer e vomitou, na terça ele sentiu dores nas pernas, comeu um pouco, mais ainda estava um pouco enjoado ainda, na quarta ele já não conseguiu mais levantar da cama, estava sem vontade de comer, enjoado, mas não tinha febre, mas quando foi na parte da tarde, as pernas começaram a doer demais, e então fomos pro Pronto Socorro”, contou.
Andrea explicou ainda que Guilherme começou a ficar amarelo, precisou ficar no CTI e sofreu graves hemorragias.
“Quando chegamos no Pronto Socorro, ele sentiu uma dor que ele não conseguia suportar, passamos por exame de sangue, e ele foi ficando cada vez mais amarelo e com olhos amarelos, quando o resultado do exame saiu, a médica falou que a suspeita era de leptospirose, que era grave, e que ele teria que ficar internado e provavelmente no CTI. Ele ficou na sala de medicamentos, começou a vomitar filetes de sangue, depois de madrugada foi para maca, com todos os enfermeiros ajudando, quando foi na parte da manhã do dia seguinte conseguiram mobilizar, e conseguiram um leito no CTI, mas ele já estava com muita falta de ar e o coração muito acelerado e eu não podia ficar com ele, a médica disse que quando dói 19h ele começou a piorar, o pulmão dele ficou cheio de sangue, e ele começou a ter hemorragias, e não conseguiram mais, fizeram de tudo, mas não conseguiram salvar meu menino. A hemorragia estava saindo pelos olhos, pelos nariz, boca, ouvido, e ele nao aguentava mais, eles disseram que fizeram de tudo, mas a doença estava muito rápida e muito grave”, lamentou.
De acordo com o Instituto Projeto Luz, Guilherme sonhava em ser jogador de futebol e era um jovem responsável, competente e habilidoso. “Muito querido pelos alunos e colaboradores do nosso Instituto. Foi uma honra receber você, Guilherme, em nossas tardes, se dedicando aos treinos e participando com alegria e comprometimento dos nossos eventos”, disse a ONG.
O adolescente foi enterrado no Cemitério de São Gonçalo, ainda na quinta-feira (23).
Leptospirose
De acordo com o Ministério da Saúde, a leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas.
A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos.
De acordo com o Ministério da Saúde, a leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas.
A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos.
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