Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão. Um suspeito é considerado foragidoDivulgação
Publicado 28/02/2023 10:30 | Atualizado 28/02/2023 14:50
Rio - A Polícia Federal realizou, na manhã desta terça-feira (28), a Operação Acesso Restrito, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável por fraudar mais de R$ 4,5 milhões de reais de contas bancárias da Caixa Econômica, em novembro de 2022.
Na ação, os agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão, nos bairros de Jacarepaguá, na Zona Oeste; Miguel Couto, em Nova Iguaçu, Baixada; e Icaraí, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Um hacker é considerado foragido. O suspeito já é envolvido em outros ataques cibernéticos a contas bancárias.

As investigações tiveram início a partir de informações repassadas pela Centralizadora Nacional de Segurança da Caixa Econômica e apontam que os suspeitos utilizaram acessos privilegiados e desviaram valores de contas sociais digitais da Caixa, de onde foram sacados indevidamente.


Segundo a PF, os suspeitos, alvos dos mandados, prestavam serviços de informática a agências da Região Metropolitana do Rio e se aproveitaram de seu trânsito e de suas credenciais de acesso para obter acessos privilegiados de uso restrito.

Os acessos privilegiados foram utilizados para obter senhas e perfis de outros empregados da Caixa, os quais serviram para transferir indevidamente valores para contas digitais vinculadas a projetos sociais e possibilitar o saque pelos criminosos.

A ação é mais uma operação decorrente da Força-Tarefa Tentáculos e contou com a parceria da Coordenação de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas (CBAN), da recém-criada Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, com a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

Os crimes investigados abrangem peculato, violação de sigilo funcional, invasão de dispositivo informático e furto qualificado, cujas penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

O nome da operação faz referência à violação dos acessos aos sistemas praticada pelos então empregados terceirizados.
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