Publicado 15/03/2023 12:58 | Atualizado 15/03/2023 15:13
Rio - Uma idosa de 69 anos morreu ao cair em um valão no bairro Valverde, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no sábado passado (11). A família acusa o Corpo de Bombeiros de demora no atendimento.
Ilma Santos da Silva estava a caminho da igreja ao lado do marido, Josias, quando a van do casal quebrou na Rua Desembargador Dinis do Vale. Após ligar para o genro, ela desceu do veículo e foi caminhando pela rua. Na ocasião, a chuva era forte e fez com que o valão transbordasse, ultrapassando o nível da calçada.
Durante o percurso até em casa, Ilma teria se desequilibrado e caído dentro do valão. De acordo com testemunhas, se tivesse um guarda-corpo no entorno do valão, a morte poderia ter sido evitada.
Ilma Santos da Silva estava a caminho da igreja ao lado do marido, Josias, quando a van do casal quebrou na Rua Desembargador Dinis do Vale. Após ligar para o genro, ela desceu do veículo e foi caminhando pela rua. Na ocasião, a chuva era forte e fez com que o valão transbordasse, ultrapassando o nível da calçada.
Durante o percurso até em casa, Ilma teria se desequilibrado e caído dentro do valão. De acordo com testemunhas, se tivesse um guarda-corpo no entorno do valão, a morte poderia ter sido evitada.
Josias, 75 anos, viúvo de Ilma, estava com ela momentos antes do incidente. Os dois voltavam da igreja em um veículo quando o mesmo enguiçou e a mulher decidiu seguir a pé, mas acabou caindo no valão.
"Essa ponte não tem um guarda-corpo, está tudo aberto aqui, essa rua enche, esse valão enche. Eu vinha da igreja com minha esposa e a van parou, ela desceu e disse que iria para casa andando e eu fiquei aqui fazendo algumas coisas. Pensei que minha esposa tinha chegado em casa feliz, tranquila e hoje eu estou chorando porque ela caiu e desapareceu no valão, ninguém viu. Se tivesse um corrimão aqui, não tinha acontecido nada disso", disse.
Bruno Silveira, genro da vítima, relatou ao DIA que a família está muito abalada pela perda repentina, mas que está se movimentando para que outras pessoas não acabem sofrendo o mesmo acidente no local.
"A gente está lutando para que eles [a prefeitura] tomem uma atitude ali de melhorar aquela ponte, não só aquela, mas as outras também que estão daquele mesmo jeito. A minha sogra não vai voltar mais, mas se a gente puder fazer alguma coisa para que outras pessoas não venham a sofrer da maneira que nós estamos sofrendo", disse.
e completa: "Está está sendo bem dolorido para a família. A gente estava com ela às 17h tomando café e quando dá 18h30 acontece essa tragédia. Para a gente está sendo uma barra, o meu sogro, esposo dela, tem 75 anos, está sofrendo bastante. Está sendo difícil".
Ilma foi enterrada no último domingo (12), às 15h, no Cemitério de Marapicu, no bairro de mesmo nome, em Nova Iguaçu.
Negligência no atendimento
Segundo a filha da vítima, Josilene Silveira, o Corpo de Bombeiros foi acionado no momento em que souberam da queda da idosa dentro do valão, mas, mesmo assim, houve demora no atendimento.
"Eu liguei por volta das 19h e o rapaz do bombeiro me retornou somente às 21h da noite falando que ia ainda fazer o socorro. Eles chegaram no local já eram 22h e aí meu irmão e meu marido disseram que mal desceram meu carro", disse.
"Eles [os bombeiros] demoraram sim e quando chegaram, não fizeram o trabalho deles de pelo menos vasculhar por fora. A minha esposa quem ligou para eles, era a mãe dela. Os bombeiros falaram que foram eles que fizeram o socorro, sendo que na verdade foram eu e e meus cunhados, juntamente com com parentes e amigos", disse o genro.
Ainda segundo seu relato, os agentes teriam ido até o local com uma caminhonete e um caminhão, porém, se negaram a entrar no valão para que a equipe não se colocasse em risco.
"Na nossa cabeça, eles iam fazer alguma coisa, mas nada fizeram. Eles foram embora e eu, juntamente com meus cunhado, tio, primo, amigos, entrei dentro do valão com uma luminária de emergência, procurando, até que eu encontrei ela, bem distante, mas já tem vida", desabafou.
"A nossa indignação é porque eles não tiveram um pingo de compaixão pela família. Claro que não tinha como eles entrarem, ter procurado da forma que a gente procurou, mas pelo menos podiam amenizar, jogar uma lanterna, mas nem isso eles fizeram. Tudo fomos nós, a família! Fizeram nem retirada do corpo", completou.
Segundo ele, um dos filhos da idosa ainda indagou o motivo dos bombeiros estarem indo embora e obteve como resposta que a equipe dos bombeiros não poderia ser colocada em risco: "Não que eles iam trazer nossa sogra, a nossa mãe de volta, mas ainda mentir? Está errado. Estão brincando com o sentimento dos outros".
Apesar das queixas da família, o Corpo de Bombeiros informou que foi acionado, no fim da noite de sábado, para o resgate de uma mulher que teria sido arrastada pela correnteza ao tentar cruzar uma ponte, durante uma enxurrada, no bairro Valverde, em Nova Iguaçu. O socorro do 4° GBM foi prontamente empenhado para o local, onde os militares realizaram buscas ao longo do rio. O trabalhos se estendeu pela madrugada. A vítima foi encontrada sem vida, no domingo (12), às margens do córrego.
O que diz a Prefeitura de Nova Iguaçu
Por meio de nota, a Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu lamentou a morte da idosa e informou que a Secretaria Municipal de Serviços Públicos de Nova Iguaçu está refazendo os dois lados da travessia do bairro.
Segundo eles, um dos lados estava com o guarda-corpo instalado e o mesmo serviço está programado para ser feito no outro lado da travessia nos próximos dias.
O que diz a Prefeitura de Nova Iguaçu
Por meio de nota, a Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu lamentou a morte da idosa e informou que a Secretaria Municipal de Serviços Públicos de Nova Iguaçu está refazendo os dois lados da travessia do bairro.
Segundo eles, um dos lados estava com o guarda-corpo instalado e o mesmo serviço está programado para ser feito no outro lado da travessia nos próximos dias.
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