Publicado 16/03/2023 17:32 | Atualizado 16/03/2023 18:59
Rio - O médico Heriberto Ivan Arias Camacho, responsável por uma cirurgia plástica que pode ter causado a morte da empresária Lindama de Oliveira, de 59 anos, na Barra da Tijuca, foi ouvido, nesta quinta-feira (16), pela Polícia Civil. O cirurgião prestou depoimento durante quatro horas na 16ª DP (Barra da Tijuca), onde a morte da mulher é investigada. O cunhado da empresária, Sandro de Melo, que também falou à polícia, responsabilizou o médico pelo ocorrido: "(Ele) ficava na recepção conversando com colegas. Não parecia ter preocupação nenhuma".
A empresária morreu, na última sexta-feira (10), após passar por procedimento estético na clínica Vitée, na Barra, onde Heriberto atende. A empresária fez um plástica no abdômen, mas precisou ser transferida para um hospital na Penha, após apresentar complicações.
A família da empresária diz que a empresária foi morta aos poucos enquanto esteve na clínica: "O que aconteceu na casa é que ela foi morta aos poucos. Cheguei por volta de 19h35 lá e quando entrei no quarto ela estava em uma situação precária. A cama cheia de sangue, ela muito inchada e pedindo clemência para viver, morrendo de dores e eu não pude fazer nada", contou Sandro, que foi o primeiro familiar a chegar na unidade médica.
O familiar lembra de ter proposto pedir uma ambulância particular por sua conta, já que o serviço solicitado pelo profissional não chegava. Sandro lembra que Lindama ficou sofrendo com falta de ar e complicações até perto da meia-noite, quando, enfim, a remoção solicitada pela clínica chegou.
"Me prontifiquei de pagar uma ambulância para remover ela e levar para qualquer hospital, mas ele não quis aceitar. Disse que não poderia tirar ela lá de dentro porque não tinha vaga em nenhum hospital", lembrou o técnico em mecânica.
Na chegada ao hospital, uma unidade médica particular na Penha, Sandro conta que já viu sua cunhada recebendo massagem cardíaca, após uma parada cardiorrespiratória. "Deu dez minutos, esse médico veio falar que ela tinha morrido", conta.
Segundo Sandro, o médico já havia dito que a paciente estava com embolia pulmonar. "Ele falou isso e nós questionamos o porque de ele manter ela lá dentro, só com remédios, se ela estava tão mal. Depois disso uma enfermeira veio falar que estavam tentando falar com um dos três serviços de remoção, mas só dava caixa de mensagem", disse.
Para o familiar, se os parentes não tivessem feito pressão, Lindana teria morrido ainda na clínica. Sandro acredita que a atitude do médico sugere que ele não se importava com a situação da paciente.
"Ela iria morrer lá dentro. Isso é certo. O médico não queria tirar ela lá de dentro. Ele não queria porque eu dei vários recursos para ele fazer isso, mas ele não se prontificou. (Ele) Ficava na recepção conversando com colegas. Não parecia ter preocupação nenhuma", avaliou.
O familiar lembra de ter proposto pedir uma ambulância particular por sua conta, já que o serviço solicitado pelo profissional não chegava. Sandro lembra que Lindama ficou sofrendo com falta de ar e complicações até perto da meia-noite, quando, enfim, a remoção solicitada pela clínica chegou.
"Me prontifiquei de pagar uma ambulância para remover ela e levar para qualquer hospital, mas ele não quis aceitar. Disse que não poderia tirar ela lá de dentro porque não tinha vaga em nenhum hospital", lembrou o técnico em mecânica.
Na chegada ao hospital, uma unidade médica particular na Penha, Sandro conta que já viu sua cunhada recebendo massagem cardíaca, após uma parada cardiorrespiratória. "Deu dez minutos, esse médico veio falar que ela tinha morrido", conta.
Segundo Sandro, o médico já havia dito que a paciente estava com embolia pulmonar. "Ele falou isso e nós questionamos o porque de ele manter ela lá dentro, só com remédios, se ela estava tão mal. Depois disso uma enfermeira veio falar que estavam tentando falar com um dos três serviços de remoção, mas só dava caixa de mensagem", disse.
Para o familiar, se os parentes não tivessem feito pressão, Lindana teria morrido ainda na clínica. Sandro acredita que a atitude do médico sugere que ele não se importava com a situação da paciente.
"Ela iria morrer lá dentro. Isso é certo. O médico não queria tirar ela lá de dentro. Ele não queria porque eu dei vários recursos para ele fazer isso, mas ele não se prontificou. (Ele) Ficava na recepção conversando com colegas. Não parecia ter preocupação nenhuma", avaliou.
Alessandro Marcos, advogado do médico, foi quem falou na saída da 16ª DP, na tarde desta quinta-feira. Segundo o defensor, seu cliente prestou todo o atendimento necessário para que a paciente fosse socorrida. "Meu cliente está muito abatido emocionalmente com o ocorrido. Ele está precisando de um tratamento psicológico e se acalmar diante do ocorrido. Foi uma fatalidade. O caso está sendo investigado pelo Instituto Médico Legal", comentou.
O advogado diz que todos os documentos foram entregues ao delegado responsável e que seu cliente confia na comprovação de sua conduta. Marcos também comentou que o cirurgião fez, assim que soube da complicação, o pedido do transporte da vítima para uma unidade hospitalar.
"A versão do meu cliente é de que ele é inocente, mas tudo será elucidado no caso. Ele fez essa solicitação, mas por situações alheias a vontade do meu cliente não foi atendida essa solicitação. Foi feito o pedido imediatamente", pontuou.
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