Marcos foi preso na manhã desta segunda-feira (13) por maus-tratos aos animais, apropriação indébita e violência psicológicaDivulgação/PCERJ
Publicado 16/03/2023 20:35 | Atualizado 16/03/2023 20:59
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) converteu a prisão em flagrante de Marcos Spínola Pereira, 46 anos, para preventiva. Ele é investigado por forçar mulheres a terem relações sexuais com o cachorro dele. A audiência aconteceu às 14h desta quinta-feira (16), na Central de Custódia de Benfica, na Zona Norte do Rio.
Em sua decisão, o juiz Rafael de Almeida Rezende, da 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, ressaltou que a liberdade provisória do acusado poderia prejudicar o andamento da instrução criminal, já que as vítimas se sentiriam constrangidas ou intimidadas a prestar depoimento.
Marcos foi preso na segunda-feira passada (13), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. De acordo com o relato de ex-namoradas, ele molestava sexualmente animais e, posteriormente, os matava. Além disso, ele também as obrigava a ter relações sexuais com seu cachorro e filmava o crime.
Na casa dele, foram apreendidos dois celulares com os vídeos. A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Iguaçu, que investiga o caso, apura a possibilidade de as imagens terem sido vendidas pela internet. A prisão aconteceu após denúncias de uma das vítimas e de um grupo de proteção animal que recebeu o vídeo da zoofilia.
Os policiais também resgataram o cão Argos, da raça American Bully, e duas calopsitas. Segundo o veterinário que acompanhou as diligências, o cachorro era vítima de maus-tratos, pois foi encontrado com o ânus hipersensível e dilatado. Já as aves, que pertenciam a uma das ex-namoradas, seriam utilizadas como uma forma de chantagem para reatar o relacionamento.
Marcos responde por maus-tratos aos animais, apropriação indébita e violência psicológica. Ele também tem outras 15 anotações criminais por ameaça, perseguição, violência psicológica, estupro, divulgação de cena de estupro, dano a estabelecimento comercial, furto a estabelecimento comercial, violação de domicílio e lesão corporal.
*Reportagem do estagiário Fred Vidal, sob supervisão de Larissa Amaral
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