Publicado 29/03/2023 08:36
Rio - A Polícia Civil realizou, na manhã desta quarta-feira (29), por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), uma operação conjunta para desarticular uma quadrilha especializada em fraudes contra idosos nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói. Cinco pessoas foram presas e celulares, computadores e documentos apreendidos.
Agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (CORF-DF), também participam da ação, batizada de Hermes. Os policiais saíram para cumprir 15 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão. As investigações apontam que os prejuízos obtidos pelos alvos da quadrilha alcançam aproximadamente R$ 10 milhões.
Agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (CORF-DF), também participam da ação, batizada de Hermes. Os policiais saíram para cumprir 15 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão. As investigações apontam que os prejuízos obtidos pelos alvos da quadrilha alcançam aproximadamente R$ 10 milhões.
As investigações, que estavam a cargo da PCDF, concluíram que a organização criminosa praticava o crime de estelionato, através de golpes em vendas e negociações fraudulentas de títulos de clubes de benefícios e turismo.
O delegado da CORF-DF, Wisllei Salomão, explicou que as vítimas eram atraídas pelos criminosos por meio de ligações telefônicas e internet.
"As vítimas eram atraídas através de falsos sites na internet e de ligações telefônicas, onde pessoas passavam por funcionários do clube de viagem ofereciam a revenda desses títulos os quais alegavam estar em alto valor. Contudo, eles cobravam taxas exorbitantes para realizar a transferência e alterações, as quais eram falsas", disse.
A venda de títulos desses clubes foi muito difundida nos anos 80 e 90, por conta disso, o público alvo de vítimas dos criminosos eram majoritariamente de idosos. De acordo com o delegado Ismael Batista, da CORF, os estelionatários usavam informações das vítimas obtidas através de um falso site de vendas de títulos.
A venda de títulos desses clubes foi muito difundida nos anos 80 e 90, por conta disso, o público alvo de vítimas dos criminosos eram majoritariamente de idosos. De acordo com o delegado Ismael Batista, da CORF, os estelionatários usavam informações das vítimas obtidas através de um falso site de vendas de títulos.
"Eles usavam a promessa de grandes valores a serem recebidos por esses idosos, que em um passado, há cerca de vinte, trinta anos, investiram em clubes de turismo, compravam esses títulos e deixavam guardados e depois de alguns anos relembravam e iam tentar buscar informações sobre esses títulos na expectativa de vender. Eles faziam uma busca na internet e verificavam que tinha um site, Colocado em primeiro lugar, só que era um site falso. Eles entravam nesse site, colocavam informações pessoais como número de telefone, número de CPF e através dessas informações, os estelionatários entravam em contato com as vítimas e passavam a fornecer informações que não eram verdadeiras", contou.
Durante as investigações, que duraram mais de seis meses, foram constatados que os criminosos enganavam as vítimas com a promessa de altos ganhos com as venda dos títulos. Ainda segundo o delegado Salomão, o grupo conta com pelo menos 15 integrantes e fez vítimas em diversos estados do Brasil.
"No Distrito Federal foram identificadas oito vítimas, desde 2019, cujo prejuízo total supera R$ 2 milhões, inclusive uma das vítimas tem 90 anos de idade e perdeu mais de R$ 830 mil. Pelo menos 15 pessoas são integrantes desse grupo criminoso e sete empresas estão envolvidas. Durante as investigações, que duraram cerca de um ano, foram identificadas outras vítimas, que residem em vários estados, e o prejuízo é estimado em mais de R$ 20 milhões durante esse período".
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