Publicado 03/04/2023 11:23
Rio - Pessoas com comorbidades já começaram a receber a vacina de reforço contra a covid-19 com a Pfizer bivalente. A nova etapa da campanha teve início nesta segunda-feira (3) e contempla os maiores de 12 anos que tenham recebido, pelo menos, os imunizantes do esquema inicial, com a segunda dose tendo sido aplicada há quatro meses ou mais. Para receber a proteção, os interessados devem estar com identidade, CPF, um comprovante da classificação como grupo prioritário e, se tiver, a caderneta de vacinação.
Entre os contemplados nesta etapa estão pessoas com diabetes mellitus; pneumopatias crônicas graves; hipertensão arterial de difícil controle ou com lesão em órgão alvo; doenças neurológicas crônicas e distrofias musculares; doença renal crônica; doença hepática crônica; hemoglobinopatias e disfunções esplênicas graves; obesidade mórbida; síndrome de Down e outras síndromes genéticas; além de cardiopatas ou valvopatas.
De acordo com o subsecretário de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde (Subpav) da Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS), Renato Cony, que esteve no Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, na Zona Sul, na manhã desta segunda-feira, a única forma de controlar o vírus da covid-19 e sua variantes é por meio do reforço com a dose bivalente.
"Fica demonstrado nesse recorte de 2019 até 2023, que o principal motivo da gente ter conseguido controlar a covid-19 foi a introdução da vacina. Nesse momento, a primeira vacina que protege tanto contra o vírus original da covid-19, como contra as variantes, é a vacina bivalente. A gente está convocando as pessoas acima de 12 anos com comorbidades para se vacinar em todas as nossas unidades. São 237 Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde, mais os postos externos, mais o Super Centro de Vacinação, que funciona de domingo à domingo, de 8h às 22h", disse o subsecretário.
A bibliotecária Nanci Simão da Rocha, de 59 anos, recebeu a bivalente no Super Centro Carioca de Vacinação e contou que, desde o esquema primário, se encaixa no grupo prioritário, por ter hipertensão, problemas respiratórios e obesidade. Ela diz que tomar a vacina "é como escovar os dentes", não é uma decisão, mas parte de sua rotina sanitária.
"Eu fui tomar a vacina hoje para garantir logo, porque vem um feriado, onde as pessoas vão circular. Nunca tive problemas, tomar vacina é sobrevida. As pessoas não têm achar que tomar vacina é votar em A, B ou C, é votar pela vida, essa é a importância da vacinação. O Brasil é um dos poucos países que todos os seus habitantes são vacinados, o que nos garante uma sobrevida. Eu prefiro tomar vacina e, além de tudo, não dói, não mata, não vão colocar chip na gente, só vão nos dar sobrevida", afirmou a bibliotecária.
Renato Cony reforçou que apesar de ter uma cobertura vacinal bem sucedida da primeira e segunda dose, a população foi mais resistente ao reforço e a nova campanha contemplou, até o momento, 40% do público-alvo, tendo aplicado 573.744 vacinas bivalentes, de acordo com o painel Rio Covid-19, da prefeitura. Além do grupo com comorbidades, também já podem ser imunizados os idosos a partir de 60 anos, pessoas imunocomprometidas com 12 anos ou mais, gestantes e puérperas.
"Até agora, a gente conseguiu, para primeira e segunda doses, 96% de cobertura vacinal da população, que é uma cobertura muito boa, muito bem sucedida. Para as doses de reforços, isso vem caindo e para a dose bivalente, a gente chega a 40% de cobertura da população que já deveria ter tomado a vacina. Isso nos permite ampliar para novas pessoas, mas também a chegada de novas doses, a partir do Ministério da Saúde, nos permite fazer essa ampliação", informou o subsecretário.
"Eu estava esperando essa vacina, mas já tomei todas as vacinas. Acho que todo mundo tem que tomar a vacina, porque é necessário para a nossa saúde", disse o protético Jorge Nascimento Abreu, 60, que recebeu a vacina de reforço com a bivalente pelo grupo dos idosos, nesta segunda-feira, também no Super Centro Carioca de Vacinação.
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