Agentes da Delegacia de Repressão de Crimes de Informática (DRCI) e da 38ª DP (Brás de Pina) fizeram as prisõesDivulgação
Publicado 04/04/2023 16:37
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Rio - Agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e da 38ª DP (Brás de Pina) prenderam, nesta terça-feira (4), três pessoas suspeitas de pertencerem a um grupo envolvido em estelionato e fraude por meio de empréstimos consignados e negociações fraudulentas em instituições bancárias de todo o país. Um veículo de luxo e celulares foram apreendidos.
Os agentes cumpriram mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em diferentes endereços no município do Rio. A ação teve apoio da Polícia Civil do Distrito Federal. Outros integrantes da quadrilha, que cometiam os crimes em todo o país, já foram presos.
A ação deu cumprimento ao total de 11 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão temporária no estado do Rio e em Salvador. As buscas foram realizadas nas empresas e nos endereços residenciais dos investigados.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, a operação é decorrente de uma investigação policial iniciada em julho de 2022, quando verificou-se a atuação de uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas em todo Brasil.
A investigação apontou que o grupo criminoso obtinha os dados pessoais e financeiros das vítimas, preferencialmente idosos, e, por meio de centrais telefônicas clandestinas instaladas em empresas de fachada, telefonavam para as elas passando-se por funcionários da área segurança da instituição financeira em que elas possuíam conta.
Por fazerem ligações de números 0800, bem como por estarem em posse de informações financeiras precisas das vítimas, os envolvidos passavam grande credibilidade e induziam e mantinham essas pessoas ao erro ao afirmar que suas contas bancárias estavam sob a suspeita de fraude.
Desse modo, os criminosos solicitavam o envio de documentos pessoais e uma selfie das vítimas, sob o argumento que seria aberta uma nova conta com seus nomes, para as quais elas deveriam transferir o dinheiro que possuíam. Desse modo, as vítimas acreditando na situação, encaminhavam os documentos solicitados.
"Após serem abertas as novas contas, os autores solicitavam a realização das transferências dos valores e, como as contas estavam sob a titularidade das vítimas, elas acabavam por transferir todos os valores que possuíam na conta bancária que acreditavam estar com suspeita de fraude", disse o delegado-chefe da 38ª DP (Vicente Pires), João Ataliba Neto, da PCDF.
Logo em seguida, os golpistas, de posse das senhas das contas recém-abertas, efetuavam a transferências dos valores auferidos para as contas bancárias de empresas de fachada localizadas nos estados do Rio de Janeiro e da Bahia. Por meio da investigação foi possível realizar o bloqueio de R$ 127 mil que estavam nas contas bancárias das empresas investigadas.
Vida de luxo
Os investigadores ainda constataram que os integrantes da organização criminosa desfrutavam uma luxuosa vida com o dinheiro conseguido ilicitamente. Os investigados realizavam viagens nacionais e internacionais, participando de festas badaladas e de festas em comunidades do Rio de Janeiro, além de adquirirem diversos bens de luxo.
As diligências continuam visando à localização e apreensão de produtos e proveitos dos crimes praticados, o bloqueio de outros ativos financeiros, além da identificação de outras vítimas.
Os investigados responderão pelos crimes de fraude eletrônica, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Caso condenados, por cada crime de estelionato praticado contra idosos, os autores estarão sujeitos a uma pena que pode alcançar os dez anos de prisão. Pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa eles estão sujeitos a uma pena que pode alcançar 13 anos de prisão.
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