Polícia Militar informou que irá reforçar o policiamento na região devido à ameaça de massacrePedro Ivo / Agência O Dia
Publicado 08/04/2023 19:09 | Atualizado 09/04/2023 08:01
Publicidade
Rio - A Polícia Militar informou, neste sábado (8), que irá reforçar o policiamento em uma escola da rede municipal de educação na Gávea, Zona Sul do Rio, após receber uma denúncia sobre um massacre marcado para esta segunda-feira (10).
Mensagens que circulam em grupos do WhatsApp avisam sobre a possibilidade de ataques e mortes de diretores. De acordo com o comando do 23º BPM (Leblon), a unidade tem ciência de uma denúncia de um possível ataque em uma escola na Gávea através de redes sociais. Uma viatura do Patrulhamento Motorizado Especial (PAMESP) Escolar irá reforçar o policiamento na instituição de ensino, na segunda-feira (10).
Além dessa escola, a corporação informou que está à disposição de outras unidades para atuar em qualquer tipo de ameaça que possa colocar em risco a integridade dos estudantes e membros da comunidade escolar.

Como forma de patrulhamento, a PM conta com o Programa Patrulha Escolar e de Proteção à Criança e ao Adolescente. O projeto tem como principal objetivo a prevenção da violência no ambiente escolar, acompanhando e monitorando as unidades de ensino atendidas, sejam elas Municipais, Estaduais, Federais ou Privadas.
A corporação ressaltou ainda que a Patrulha Escolar está presente em todos os municípios fluminenses, com policiais capacitados e habilitados para desenvolver o policiamento, visitas e atendimentos das solicitações realizadas pelas escolas, oferecendo também diversos tipos de atividades como palestras, oficinas e projetos escolares, buscando atender alunos, pais e diretores.
Questionada sobre o assunto, a Secretaria Municipal de Educação informou, neste sábado (8), que a direção da unidade escolar registrou um boletim de ocorrência e acionou a Ronda Escolar, assim como o batalhão de Polícia Militar da área.
Apreensão em colégio da Gávea
Um adolescente de 15 anos foi apreendido, no dia 28 de março, após tentar atacar uma colega com uma faca na Escola Municipal Manoel Cícero, na Gávea, Zona Sul do Rio. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o Quartel da Gávea foi acionado às 14h35 e socorreu o agressor, que teve ferimentos leves na cabeça. Ele foi levado ao Hospital Municipal Miguel Couto, no mesmo bairro.
O DIA apurou que o jovem foi à escola para atacar um professor e uma aluna, mas acabou sendo contido por funcionários da instituição. Há exatamente um mês, o mesmo aluno atacou um docente com ofensas racistas em outro colégio, em Ipanema.
O ataque na Gávea começou após outra jovem, que já era um alvo do adolescente, afirmar que 'ele não seria ninguém na vida'. Diante da provocação, o rapaz tentou esfaqueá-la, mas foi impedido por funcionários da escola.
Segurança nas escolas
No dia 30 de março, o governador Cláudio Castro (PL) anunciou a criação de um Comitê Permanente de Segurança Escolar, formado por forças de Segurança e representantes da Educação para coordenar políticas de proteção aos alunos dentro e fora das escolas. A primeira medida será a criação de um aplicativo que poderá ser utilizado nas redes públicas e privada do estado para acionar as polícias por meio de um botão de emergência.
Um treinamento do Bope e do Core para professores também será disponibilizado para professores na plataforma de ensino do estado Cecierj. As aulas serão inicialmente para a rede estadual de ensino e em seguida, para as redes municipais em convênio com o estado.
Para reforçar a segurança nas unidades escolares, Castro afirmou que autorizou a volta dos porteiros e inspetores para todas as escolas, mas ainda não há prazo para a volta dos profissionais.
A ideia do aplicativo surgiu, segundo o governador, após o ataque à Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, onde um adolescente de 13 anos esfaqueou uma professora, que morreu, e outras três professoras e dois alunos.
Publicidade
Leia mais