Rio - Dezenas de amigos e familiares acompanharam o sepultamento do corpo do policial militar Victor Hugo Lustoza Barros, de 36 anos, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio, na manhã desta terça-feira (18). O militar morreu no último domingo (16) após ser baleado na Avenida Brasil, na altura de Olaria, Zona Norte. 

Segundo a Polícia Militar, Victor Hugo estava dentro de uma viatura quando foi atingido por disparos de criminosos durante um cerco tático montado pelo Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), na noite de sábado (15). Acompanhado de um colega, ele levou um tiro na perna e perdeu muito sangue ainda dentro do veículo, enquanto era encaminhado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã do dia seguinte.

Nas redes sociais, amigos lamentaram a morte do militar, que ingressou na corporação em 2011, era lotado na UPP Salgueiro, e deixa a mulher e uma filha. "Tem dias que a gente precisa fazer força para seguir. Meu querido Victor Lustoza, menino que vi crescer e foi meu aluno durante anos foi vítima da violência que nos cerca. Nossas almas se esfarelam diante de tanta injustiça", disse uma mulher.

"Colega que conheci na vida, de pelada e resenhas. Uma pessoa super bacana, muitas risadas e zoações nos encontros. Vai com Deus meu amigo, que o Espírito Santo de Deus conforte o coração de toda família", disse outro. "Deixou uma pequena linda apaixonada pelo pai, esposa amorosa, família linda uma pena tudo acabar assim. Que Deus conforte o coração da familia", comentou um terceiro.

Com a morte de Victor Hugo, sobe para 20 o número de Agentes de Segurança mortos em ações violentas no Estado do Rio de Janeiro, no ano de 2023, de acordo com o Portal dos Procurados. São 19 da Polícia Militar, incluindo agentes em serviço, de folga e veteranos (reformados/reserva), e um do Corpo de Bombeiros.