Publicado 20/04/2023 19:07 | Atualizado 20/04/2023 20:14
Rio - Viviane Magalhães, agredida por um PM junto ao marido no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra, Zona Oeste do Rio, teme ter deslocado a retina de um olho operado ao ser derrubada por um empurrão de Leonardo Pinto Aguiar, lotado no 14º BPM (Bangu). O casal fez exame de corpo de delito nesta quinta-feira (20) após registrar o boletim de ocorrência na 16ª DP (Barra) nesta quarta (20).
De acordo com o advogado do casal, Márcio Cavalcante, Viviane passou por uma cirurgia há pouco tempo e, ao ser empurrada, bateu com o olho diretamente no chão. "A visão dela está turva e ela está tendo muita dor de cabeça, agora vai ter que passar por uma avaliação médica para identificar esse problema", explicou.
A mulher foi agredida ao tentar conter o policial militar, que atacou seu marido com socos e chutes. Em imagens gravadas por testemunhas, é possível ver o momento em que ela leva um tapa no rosto, um puxão de cabelo e é jogada no chão.
De acordo com o advogado do casal, Márcio Cavalcante, Viviane passou por uma cirurgia há pouco tempo e, ao ser empurrada, bateu com o olho diretamente no chão. "A visão dela está turva e ela está tendo muita dor de cabeça, agora vai ter que passar por uma avaliação médica para identificar esse problema", explicou.
A mulher foi agredida ao tentar conter o policial militar, que atacou seu marido com socos e chutes. Em imagens gravadas por testemunhas, é possível ver o momento em que ela leva um tapa no rosto, um puxão de cabelo e é jogada no chão.
Em depoimento à polícia, obtido pelo DIA, Francisco Borges relatou que eles levaram o filho à unidade após a criança cair de uma escada e sentir muita dor na perna. No hospital, o menino precisou fazer um raio-x e os pais entregaram o resultado a profissionais de saúde que estavam de plantão. No entanto, o exame teria sumido e os médicos alegaram que a criança teria de passar por uma cirurgia — o que foi negado por Francisco e Viviane. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nega que o registro tenha desaparecido.
Conforme o boletim de ocorrência, Francisco procurou o médico que atendeu o filho para entregar o raio-x e não o encontrou, deixando o exame com os enfermeiros. Questionados pelo médico, os profissionais negaram ter recebido o exame, e houve discussão entre os envolvidos.
Após a confusão, o pai informou que levaria o filho a outra unidade. Nesse momento, com a criança no colo, Francisco foi abordado pelo PM, que estava de serviço no Lourenço Jorge.
"Sem qualquer diálogo e já proferindo palavras de ordem grosseiras, com abordagem agressiva aos noticiantes, sobretudo, inicialmente, ao pai do paciente. Infelizmente, o policial, em total despreparo emocional, iniciou uma série de agressões verbais ao pai, como filho no colo, momento em que entregou a criança para mãe e começou a ser agredido fisicamente pelo policial, sendo inclusive, retirada a sua camisa em meio aos socos e chutes perpetrados pelo agente", diz um trecho do registro de ocorrência.
Em nota, a Polícia Civil informou que as vítimas foram ouvidas e encaminhadas para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). "O autor foi identificado e o caso será enviado à Justiça Militar, que dará prosseguimento à investigação", informou a instituição, em nota.
Já a Polícia Militar informou que a Corregedoria Geral da Corporação, através da 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), instaurou um procedimento apuratório interno sobre o caso.
O que diz o hospital
O Hospital Municipal Lourenço Jorge afirmou, em nota, que não tem gestão sobre o policial militar, que não atua na unidade e acompanhava um paciente custodiado quando se envolveu na situação. Confira a íntegra:
"A direção da unidade repudia qualquer ato de violência e está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for solicitado na apuração dos fatos. A direção esclarece que a criança estava sendo atendida e que não procede que o raio-x tenha sido perdido. O paciente tinha indicação de internação para cirurgia ortopédica, diagnóstico não aceito pelos pais, que iniciaram discussão com os profissionais.
O menino foi internado naquela noite (8/4) e, na manhã seguinte, com termo de consentimento assinado pela parente que o acompanhava na unidade, foi sedado e submetido ao procedimento de redução da fratura de fêmur. Trata-se de procedimento realizado sob sedação, para posicionamento do osso fraturado. Posteriormente é feita a imobilização, para estabilização do osso até a calcificação. O paciente recebeu alta e, depois de 15 dias, deve retornar para ser reavaliado, quando os médicos decidirão se será necessário um segundo procedimento, com cirurgia aberta."
O menino foi internado naquela noite (8/4) e, na manhã seguinte, com termo de consentimento assinado pela parente que o acompanhava na unidade, foi sedado e submetido ao procedimento de redução da fratura de fêmur. Trata-se de procedimento realizado sob sedação, para posicionamento do osso fraturado. Posteriormente é feita a imobilização, para estabilização do osso até a calcificação. O paciente recebeu alta e, depois de 15 dias, deve retornar para ser reavaliado, quando os médicos decidirão se será necessário um segundo procedimento, com cirurgia aberta."
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