Publicado 21/04/2023 19:30 | Atualizado 21/04/2023 20:29
Rio - Felipe Santos de Souza, de 25 anos, foi morto a tiros por policiais do 18º BPM (Jacarepaguá) durante uma briga de rua na Vila Valqueire, Zona Oeste do Rio. De acordo com a corporação, os agentes foram acionados "para intervir em uma luta corporal" entre dois homens na Rua Quiririm. Ao chegar no local, a equipe disse que Felipe teria feito menção em puxar uma arma e os agentes dispararam. Na ocorrência, os policiais afirmaram que o jovem carregava um facão.
O caso foi registrado na 28ª DP (Praça Seca). A Corregedoria Geral da PM disse que instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias do fato e colabora integralmente com as investigações da Polícia Civil.
Os tiros também foram registrados pela plataforma Onde Tem Tiro: "Disparos ouvidos na Vila Valqueire, na Rua Quiririm, altura do mercado Flaviense, às 22h08", informou. O rapaz foi socorrido pelos policiais ao Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio, e passou por uma cirurgia. No entanto, ele não resistiu aos ferimentos, teve uma parada cardíaca e morreu na tarde desta sexta-feira (21) na unidade de saúde.
Um vídeo, divulgado nas redes sociais, mostra o momento em que moradores abordam os PMs momentos depois dos tiros, na noite de quinta (20). Nas imagens é possível ver algumas pessoas revoltadas com a ação dos policiais, alegando que Felipe era trabalhador. Os agentes colocam o rapaz, ainda com vida, na viatura e o levam para o hospital. Veja:
A morte de Felipe, também conhecido como Gaguinho, causou revolta em algumas pessoas, que deram início a uma manifestação na Rua Quirim, onde o fato aconteceu. Segundo conhecidos, ele não tinha envolvimento com o crime e trabalhava em um ferro-velho na Rua Luiz Beltrão, também na Vila Valqueire. Um amigo do rapaz escreveu nas redes sociais: "Covardia o que foi feito e ainda estão chamando de vagabundo um garoto que trabalha no ferro velho. Justiça por Felipe".
Veja imagens do protesto:
Pneus e pedaços de madeira foram queimados, e comércios também tiveram que fechar as portas. Equipes do 18º BPM e das Rondas Especiais e Controle de Multidões (Recom) estiveram no local. Uma equipe da Comlurb também foi acionada para realizar a limpeza. De acordo com o Centro de Operações Rio, até às 18h30 a pista estava interditada.
Ainda não há informações sobre o horário e local do sepultamento de Felipe.
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