Publicado 26/04/2023 16:06
Rio - A Polícia Militar informou, nesta quarta-feira (26), que instaurou um procedimento interno para apurar as circunstâncias que levaram à rendição de dois policiais realizada por criminosos armados em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, no último sábado (22), logo após uma abordagem.
Os agentes, lotados no 27º BPM (Santa Cruz), relataram que estavam em patrulhamento pela Estrada da Ilha, por volta das 19h40 de sábado (22), quando tiveram a atenção voltada para um veículo, modelo Fiat Cronos prata, com quatro homens em atitude suspeita. Os policiais então resolveram abordar o carro, o que, segundo eles, fez com que o condutor iniciasse uma fuga.
A equipe iniciou uma perseguição que terminou na Rua Manoel Ferraz de Almeida, onde o veículo foi alcançado. Os quatro suspeitos saíram do carro e um deles, com uma arma em mãos, se escondeu atrás do automóvel. De acordo com o relato, um dos agentes deu um tiro em direção ao grupo como sinal de advertência.
Os policiais contaram que neste momento um outro veículo parou atrás da viatura com mais quatro homens portando fuzis e vestindo coletes táticos. Ainda segundo o relato, o grupo desceu do carro apontando as armas para os agentes. Um dos suspeitos teria dito que só queria resgatar os outros abordados.
"Essa guerra não é com vocês não. Queremos apenas resgatar os quatro homens abordados por vocês. Somos oito com quatro fuzis e vocês apenas dois", teria dito um homem, identificado como Esquilo, conforme a equipe contou em seu relato.
Ainda segundo o registro, o suspeito mandou que os policiais desligassem suas câmeras instaladas nos coletes e disse que não iria matar ninguém porque "a guerra não seria com a guarnição". Logo após a rendição, os oito suspeitos entraram em seus veículos e deixaram o local. Uma busca foi realizada pela região, mas o grupo não foi encontrado. A ocorrência foi registrada na 43ª DP (Sepetiba).
Diante dos fatos, a Polícia Militar informou que o comando do 27º BPM (Santa Cruz) instaurou um procedimento apuratório interno para analisar as circunstâncias do ocorrido. A Corregedoria Geral da PM também acompanha o caso.
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