Segundo familiares, Dayana Brasil Tenório, de 38 anos, teria sido morta pelo maridoReprodução / Redes Sociais
Publicado 09/05/2023 15:16 | Atualizado 09/05/2023 16:53
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Rio - A perícia da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), em primeira análise, não encontrou indícios suficientes para afirmar que Dayana Brasil Tenório, de 38 anos, foi baleada e morta pelo marido na segunda-feira passada (5), em Bangu, Zona Oeste do Rio. A mulher estava em casa com o companheiro, o cabo da Polícia Militar Luiz Felipe Perozini Cardoso, de 31 anos, quando foi atingida por um tiro no rosto durante uma discussão e morreu.
O marido da vítima, Luiz Felipe Perozini Cardoso, alega que Dayana atirou contra o próprio rosto durante uma discussão entre os dois - Reprodução / Redes Sociais
O marido da vítima, Luiz Felipe Perozini Cardoso, alega que Dayana atirou contra o próprio rosto durante uma discussão entre os doisReprodução / Redes Sociais
Em depoimento, o policial, que é lotado 14ª BPM (Bangu), disse que estava dormindo no sofá quando a mulher o acordou querendo conversar sobre o relacionamento, resultando em um desentendimento. No decorrer da discussão, ela teria pegado a arma do marido - que estava no sofá, próxima dele. Os lutaram pela arma e, consequentemente, um disparo atingiu de raspão o atingiu e, em seguida, o rosto da vítima.
Após o tiro, o próprio companheiro chamou os vizinhos e acionou a Polícia Militar para o socorro. Os celulares dele e de Dayana foram apreendidos pela DHC, além da arma. 
De acordo com os agentes, amigos e parentes de Dayana foram ouvidos na especializada e informaram não ter conhecimento de prática de violência doméstica entre o casal, assim como não há registro de ocorrência ou evidência de que ela teria sofrido algum tipo de agressão física por parte do companheiro.
"Por meio dos laudos periciais elaborados pelo Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, e com o depoimento do companheiro da vítima - na condição de testemunha -, que durou mais de quatro horas, foi constatado, até o momento, o quadro fatídico da morte", informa a Polícia Civil em nota. Até o momento, para os investigadores, as provas coletadas, assim como os depoimentos de testemunhas, reafirmam a versão apresentada pelo marido da bombeira.
Familiares de Dayana contestam a versão apresentada por Luiz Felipe. Eles afirmam que a vítima não seria capaz de atirar no próprio rosto, mas vão aguardar a conclusão da investigação. Durante o velório de Dayana, na tarde desta terça-feira (9), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste, o primo, Alan Tenório, de 42 anos, falou sobre a perda.
"Estamos aguardando as investigações. Dayana era uma menina muito vaidosa, é impossível ela ter atirado no próprio rosto. Dayana não se matou, ela não estava doente, ela não sofreu acidente, ela não estava mal, ela queria mudar de vida. Estava com viagens marcadas, ajeitando o apartamento para viver a vida dela, era independente, vida financeira boa.", afirmou. 
Um inquérito foi instaurado para apurar todas as circunstâncias da morte de Dayana. Novos depoimentos de testemunhas também serão realizados, bem como coletas de documentos e demais laudos periciais. A DHC quer reunir elementos suficientes para concluir a real causa da morte da bombeira.
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