O caso está sendo investigado pela 70ª DP (Tanguá)Divulgação / Polícia Civil
Publicado 13/05/2023 16:46 | Atualizado 13/05/2023 16:46
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Rio - O casal Edson Candida Emerencio e Sabrina dos Santos Andrade Emerencio, suspeitos de deixar seu filho de 10 anos morrer após desnutrição e desidratação grave, teve sua prisão em flagrante convertida para preventiva em audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (12).
De acordo com o juiz Rafael de Almeida Rezende, da 1ª Vara Criminal de Itaboraí, há indícios suficientes para comprovar a autoria e a materialidade do crime. O magistrado afirmou que a manutenção da prisão do casal é necessária para garantia da ordem pública.
"A extrema gravidade em concreto do delito demonstra a necessidade da prisão cautelar dos custodiados para a garantia da ordem pública. Extrai-se dos elementos de informação colhidos até o presente momento que os custodiados não proveram cuidados básicos aos seus três filhos, como alimentação e higiene, o que gerou graves complicações na saúde de todos, causando a morte de um deles", escreveu o juiz.
As investigações, realizadas pela 70ª DP (Tanguá), apontaram que Samuel Andrade Emerencio, de 10 anos, filho do casal, foi internado duas vezes recentemente por apresentar quadro grave de desnutrição e desidratação. O menino foi encontrado morto dentro de casa na quarta-feira (10), mesmo dia da prisão de Edson e Sabrina.
Uma das filhas do casal disse em depoimento que ela e seus irmãos ficaram três dias sem comer até a morte de Samuel. Diante dos fatos, o magistrado determinou a manutenção da prisão dos suspeitos.
"Seus genitores continuaram se omitindo quanto aos seus deveres legais, demonstrando não se importar com o possível resultado morte. Os custodiados tinham ciência da situação médica do filho e nada fizeram para evitar o resultado trágico", completou Rafael na decisão.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) entende que as informações colhidas até o momento indicam a possibilidade de mudança da capitulação jurídica para crime mais grave, ou seja, para homicídio doloso. Por enquanto, os suspeitos respondem pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e abandono de incapaz.
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