Publicado 19/05/2023 13:23 | Atualizado 19/05/2023 18:24
Rio - A Polícia Civil prendeu 17 pessoas e apreendeu 15 fuzis, uma arma .50, drogas e munições durante operação na Parada de Lucas, no Complexo de Israel, na Zona Norte, nesta sexta-feira (19). Entre os presos estão integrantes da alta hierarquia do Terceiro Comando Puro (TCP), que comanda a região. Na ação, os agentes encontraram um esconderijo onde havia um quarto secreto, em que o acesso era debaixo de uma pia, por onde passavam os bandidos.
Imagens divulgadas da operação, mostram 10 bandidos saindo, um por um, do local. Dos presos, 10 foram identificados pelos seguintes vulgos: Rato; Soldado; Chapoca; Noventinha; BG; Curral; Magal; Stuart; e Pivete. O local também servia como esconderijo de armas.
De acordo com as investigações, o esconderijo ficava localizado nos fundos de um ONG criada por José Cláudio Fontoura Peuna, mais conhecido como Gaúcho. Ele já era conhecido da polícia por ter tido envolvido com o crime organizado anteriormente. No entanto, Gaúcho dizia que havia largado o tráfico e estava dedicado a ajudar a comunidade.
Em entrevista coletiva, na tarde desta sexta-feira (19), na Cidade da Polícia, Zona Norte do Rio, o delegado Marcos Amim, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), disse que o esconderijo, também chamado de bunker, tinha porta automatizada e estava em obras para a construção de um banheiro e uma cozinha. Os agentes afirmam que os criminosos iriam usar o espaço para poder ficar mais tempo no local.
Amim afirma ainda que devido ao tamanho da obra, com muitos entulhos de alvenaria retirados do local, era impossível Gaúcho não ter tido conhecimento do esconderijo no interior de sua própria ONG. "Impossível de se fazer sem que houvesse anuência daqueles responsáveis por essa ONG de fachada. Agora temos materialidade para se colocar no papel que o responsável principal da ONG, que se dizia ter largado o tráfico de drogas, ainda faz parte do narcotráfico. Ele ainda é uma peça fundamental para a organização criminosa", disse o titular da DRE.
José Cláudio está solto e será investigado pela Polícia Civil, a partir das provas coletadas durante a operação na comunidade Parada de Lucas.
Plano de invasão
A operação tinha como objetivo evitar que traficantes da localidade, liderados por Álvaro Malaquias, o Peixão, invadissem regiões com atuação de grupos criminosos rivais. Na ação, moradores registraram intenso tiroteio nas imediações.
Segundo a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) , na madrugada desta sexta (19) houve uma movimentação de traficantes de outras localidades, principalmente do Complexo de Camará, composto pela Vila Aliança, Coréia, Sapo e Rebu, para reforçar a iminente invasão, tendo como ponto de encontro Parada de Lucas.
De acordo com as investigações, o narcotraficante Peixão tem um plano de expansão de seus territórios, de maneira a formar o Complexo de Israel, composto pelas comunidades Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-Pau, gerando grande instabilidade na região, bem como atritos com a facção rival Comando Vermelho, de quem tomou a Cidade Alta.
A operação foi realiza por agentes da DRE e demais delegacias do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), além de contar com apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), Delegacia Geral de Polícia (DGPC), Departamento-Geral de Polícia da Baixada (DGPB) e Departamento-Geral de Polícia do Interior (DGPI).
Segundo a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) , na madrugada desta sexta (19) houve uma movimentação de traficantes de outras localidades, principalmente do Complexo de Camará, composto pela Vila Aliança, Coréia, Sapo e Rebu, para reforçar a iminente invasão, tendo como ponto de encontro Parada de Lucas.
De acordo com as investigações, o narcotraficante Peixão tem um plano de expansão de seus territórios, de maneira a formar o Complexo de Israel, composto pelas comunidades Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-Pau, gerando grande instabilidade na região, bem como atritos com a facção rival Comando Vermelho, de quem tomou a Cidade Alta.
A operação foi realiza por agentes da DRE e demais delegacias do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), além de contar com apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), Delegacia Geral de Polícia (DGPC), Departamento-Geral de Polícia da Baixada (DGPB) e Departamento-Geral de Polícia do Interior (DGPI).
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