Pai e filha são feitos reféns durante operação em Parada de Lucas

Rio - Pai e filha foram feitos reféns, na tarde desta sexta-feira (19), durante a fuga de criminosos no Complexo de Israel, em Parada de Lucas, Zona Norte do Rio. Segundo a Polícia Civil, sete traficantes entraram em confronto com agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), invadiram a casa de uma família na comunidade e a mantiveram em cárcere por cerca de uma hora. Após negociação, todos se entregaram e as vítimas foram liberadas sem ferimentos. Ao todo sete fuzis foram apreendidos com estes traficantes.

"Houve todo um protocolo de gerenciamento de crises, isolamento, contenção e negociação. E esses sete indivíduos, com sete fuzis, foram presos e suas armas apreendidas. A negociação foi um sucesso. Estão bem (os reféns), saíram ilesos. Foi breve e durou por volta de uma hora", afirmou o delegado Marcus Amim.

A Polícia Civil realizou uma operação no Complexo de Israel nesta manhã, com o objetivo de verificar informações de inteligência e evitar que traficantes da localidade, liderados por Álvaro Malaquias, o Peixão, invadissem regiões com atuação de grupos criminosos rivais. Ao todo, 17 pessoas da alta cúpula do Terceiro Comando Puro (TCP) foram presas – incluindo os que mantiveram a família refém. Foram apreendidos 15 fuzis, uma metralhadora .30, 1 metralhadora ponto 50, munição, granadas e drogas foram apreendidos. Estima-se que o prejuízo para a facção tenha chegado a R$ 1 milhão.

Os presos, considerados parte da "alta cúpula" do Complexo de Israel, foram localizados após um trabalho de inteligência da DRE e de outras unidades do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC), Departamento-Geral de Polícia da Baixada (DGPB), Departamento-Geral de Polícia do Interior (DGPI) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

Esconderijo chamou atenção

Segundo o diretor de polícia especializada Felipe Cury, dez criminosos foram localizados em um esconderijo bem elaborado no interior de uma ONG e, ao serem localizados, não demonstraram resistência. O local chamou a atenção por conter uma porta de concreto que só poderia ser aberta por meio de controle remoto. A tecnologia usada surpreendeu os agentes.