Publicado 25/05/2023 14:31
Rio - O pai da influenciadora Luanne Murta Jardim dos Santos Martins, de 30 anos, morta a tiros no domingo (21), em Pilares, Zona Norte do Rio, esteve na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra, Zona Oeste, nesta quinta-feira (25) para prestar depoimento. Na saída da distrital, Atanael da Silva Jardim, 61 anos, disse que espera que o crime seja solucionado, e o responsável, preso. A expectativa é de que o ex-marido, um policial militar, também deponha nesta quinta.
"Fui lá e dei meu depoimento, agora vamos ver o que a polícia vai descobrir. Estou confiante que descubram, nossa polícia é boa, o problema é que estamos em um país muito difícil de viver, as pessoas deixaram de se amar e se respeitar. O dia que as pessoas se amarem mais e se respeitarem, tenho certeza que pouca gente vem aqui (na DHC) mas infelizmente do jeito que estamos vamos vir aqui direto. Quero saber que quem fez isso pelo menos vai está pagando, claro que não vai trazer minha filha de volta, mas pelo menos não vai fazer isso com outras pessoas, é o que eu espero", lamentou.
"Fui lá e dei meu depoimento, agora vamos ver o que a polícia vai descobrir. Estou confiante que descubram, nossa polícia é boa, o problema é que estamos em um país muito difícil de viver, as pessoas deixaram de se amar e se respeitar. O dia que as pessoas se amarem mais e se respeitarem, tenho certeza que pouca gente vem aqui (na DHC) mas infelizmente do jeito que estamos vamos vir aqui direto. Quero saber que quem fez isso pelo menos vai está pagando, claro que não vai trazer minha filha de volta, mas pelo menos não vai fazer isso com outras pessoas, é o que eu espero", lamentou.
De acordo com as investigações, a influenciadora estava acompanhada do marido e do filho mais novo, de apenas 2 anos, próximo à saída 4 da Linha Amarela, no sentido Avenida Brasil, na altura de Pilares, quando bandidos armados teriam abordado o veículo e, antes mesmo do carro parar, disparado. Luanne foi baleada no ombro e chegou a ser levada para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. Entretanto, segundo relatos, o projétil acabou atingindo o coração.
O caso é investigado pela DHC e nenhuma linha de investigação foi descartada até o momento. Agentes estão analisando câmeras de segurança, para obter informações que possam levar a autoria do crime.
Para a família, o crime foi premeditado. Na quarta (22), na saída do IML, o pai de Luanne acredita que o crime não se trata de uma tentativa de assalto. "Isso não foi um mero furto, ou latrocínio. Isso foi homicídio. Ninguém dentro de um carro vai roubar outro carro e atira com o vidro fechado", disse.
O celular da vítima passou por perícia nesta terça-feira (24) após o namorado atual, João Pedro Farche, afirmar em depoimento que ela foi ameaçada por meio de mensagens. Um dos ex-namorados é PM e o outro é um ex-sócio dela em uma empresa de suplementos nutricionais.
A sociedade nos negócios chegou ao fim depois que Luanne descobriu irregularidades na gestão financeira da empresa por parte do ex-companheiro. A Polícia Civil analisa ainda se o ex-namorado policial já havia sido denunciado por ameaças contra Luanne anteriormente.
O corpo da influencer foi sepultado na tarde desta quarta-feira (24), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. Familiares e amigos participaram do cortejo e pediram por justiça.
Em relação ao namorado atual, o irmão de Luanne, Natanael Jardim, comentou sobre as insinuações de uma amiga da irmã de que João Pedro poderia ter relação com o crime. Ele pediu que as pessoas parassem de comentar sobre isso nas redes sociais, pois não acredita que o cunhado seja suspeito. João Pedro é empresário e compareceu ao sepultamento da companheira usando roupas claras. Durante o cortejo, ele chegou a carregar o caixão.
Nas redes sociais, Luanne dava dicas de como perder peso, falava sobre o seu dia a dia e anunciava um produto emagrecedor que a tinha como garota propaganda. A influenciadora se identificava como 'ex-obesa' e descrevia o processo da perda de 42kg desde o início do seu emagrecimento.
O Disque Denúncia pede informações que ajudem a chegar no autor do crime e recebe informações pela Central de Atendimento, nos telefones (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177; pelo WhatsApp Anonimizado, no (21) 2253-1177; e por meio do aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.
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