Família de rapaz desaparecido no Arpoador quer imagens de câmeras de segurança

A família do universitário e produtor de audiovisual Algrin David, de 25 anos, desaparecido desde quarta-feira (24), na Praia do Arpoador, na Zona Sul, tenta ter acesso a imagens das câmeras de segurança da região para entender o que aconteceu. Até o início da noite deste sábado (27) a equipe do Corpo de Bombeiros ainda não tinha encontrado sinais do rapaz. 

O primo Marcell Carrasco, de 33 anos, afirmou ao DIA que não descartam outras causas do desaparecimento. "Mais um dia se passou e a gente ainda não conseguiu o ofício da polícia para liberar as imagens das câmeras de segurança. Isso é uma questão que está deixando a família bem apreensiva, porque como ninguém viu o Algrin desaparecendo ou se afogando no mar, não se descarta nenhuma possibilidade".

"Essas imagens vão ajudar muito na busca por ele. Toda a burocracia, tudo que está acontecendo, essa dificuldade de conseguir ter acesso às imagens só tem deixado a família mais angustiada", acrescentou.

Uma das linhas seguidas pelas autoridades é de que Algrin possa ter se afogado no mar da praia do Arpoador, já que ninguém o viu sair do mar e nem se afogar. De acordo com o irmão do universitário Patrick Augusto Silva, de 19 anos, o jovem estava no local com um amigo.

"Eles vieram para a praia por volta das 14h. O amigo foi mergulhar e voltou, depois meu irmão foi. Nisso, o amigo dele se distraiu e quando olhou novamente pro mar, não enxergava mais o Algrin. Ele ficou procurando pela praia e também ligou para um amigo perguntando se Algrin tinha voltado para a casa, mas o amigo disse que não. Depois disso, eles ligaram para os Bombeiros", relatou.

A família do universitário acompanhou as buscas deste sábado na praia de Ipanema. Os militares também fazem procuram pelo jovem nas praias do Arpoador e Leblon. O Corpo de Bombeiros trabalha com motos-aquáticas, lanchas, botes com sonar e um drone para localizar Algrin. Cerca de 30 agentes estão procurando pelo rapaz. Segundo os familiares e amigos, Algrin mede mais de 1,90m de altura e usava uma sunga preta.

"A nossa família está sem chão. É um momento muito delicado, porque quando uma notícia dessa chega de repente, a gente não sabe o que fazer. É um choque, a gente fica sem entender. Todos os dias vou à praia para dar apoio nessas buscas", lamentou Patrick.