Publicado 06/06/2023 13:28
Rio - A Câmara do Rio vota, em segunda discussão, nesta terça-feira (6), o retorno da escala de plantão dos guardas municipais para 12h de trabalho por 36h de descanso. Uma semana após a primeira votação, a categoria afirma que segue de greve e diz que não atua de Santa Cruz a São Cristóvão, o equivalente a 39% do efetivo fora das ruas. A Guarda Municipal, no entanto, sustenta que o efetivo segue completo e realizando as tarefas de rotina. (Veja a nota ao final da matéria).
A proposta, que foi aceita inicialmente com 34 votos favoráveis e 16 contrários, é de autoria da Prefeitura e anula a mudança aprovada em 2018, que ampliou a escala dos agentes para 12h de trabalho por 60h de folga. Segundo Rogério Chagas, presidente do Sindicato dos Servidores da Guarda Municipal do Rio de Janeiro (Sisguario), a paralisação não acontece apenas em função da possível mudança na escala.
"A greve não é só pela mudança na escala, a Prefeitura não paga reposição inflacionária dos últimos quatro anos, o plano de carreira não se promove há mais de 18 anos, as instalações estão quase todas sucateadas e ainda falta uniformes. A saída para ter mais guardas nas ruas não é mudar a escala, mas, sim, contratar os concursados", afirmou Chagas.
Procurada pelo DIA, a Guarda Municipal reiterou que não há greve. "A Guarda Municipal informa que em nenhum momento houve greve de seus agentes. O efetivo segue completo e realizando suas tarefas de rotina", informa a nota.
Mudança aumentaria efetivo nas ruas
Durante audiência pública na terça-feira (23), o secretário Municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, afirmou que a volta da escala anterior vai ampliar em quase 300% a quantidade de guardas municipais por turno.
"Se dividir os 5.181 agentes que temos por seis, que é o fator de distribuição das equipes, serão 863 agentes por turno. Com a nova escala, a gente ganha, para prestar serviço para a população, 2.497 guardas por turno, o que representa um aumento de 289% de efetivo, atendendo as demandas da cidade do Rio de Janeiro", ressaltou o secretário.
Líder do governo na Câmara do Rio, o vereador Átila A. Nunes (PSD) defendeu a importância de aprovar a proposta. “Se hoje nós estamos votando este projeto é porque na legislatura passada se buscou um caminho que na realidade não era o melhor", lembrou.
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