Justiça do Rio nega habeas corpus para produtor acusado de matar o ator Jeff Machado

Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) negou, na tarde desta quinta-feira (7), o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Bruno de Souza Rodrigues. Com essa decisão da 1ª Câmara Criminal, o produtor não pode aguardar a conclusão do inquérito policial em liberdade.

Bruno está foragido desde o dia 1º de junho, quando o TJRJ determinou sua prisão temporária pelo assassinato do ator Jeff Machado, de 44 anos. Ele foi iniciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O garoto de programa Jeander Vinícius da Silva Braga, também acusado pelo assassinato, foi preso na sexta-feira passada (2).

No mesmo dia, os advogados de Bruno estiveram na Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), na Cidade de Polícia, Zona Norte do Rio.

A morte de Jeff Machado está sendo investigada pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). No último dia 22, o corpo do ator foi encontrado dentro de um baú enterrado e concretado a dois metros de profundidade em uma casa alugada, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio.

O imóvel foi alugado pelo produtor Bruno Rodrigues em dezembro do ano passado, um mês antes do desaparecimento de Jeff.

De acordo com as investigações, o homicídio foi motivado por questões financeiras. Bruno estaria com medo do que o ator poderia fazer após perceber que não participaria de gravação de novela após pagar R$ 20 mil ao produtor. Com isso, a morte teria sido planejada como forma de acobertar uma possível desmoralização que a vítima poderia causar ao assassino depois de perceber que ele não tinha ligações com emissoras de TV.

Três dias antes de ser morto, Jeff recebeu um bolo de aniversário do principal suspeito de planejar a sua morte. "Obrigado meu grande amigo Bruno Larrubia pelo delicioso bolo. Gratidão!", escreveu o ator em uma publicação em sua rede social.

Preso, Jeander afirmou que Bruno dopou Jeff ao colocar uma substância entorpecente no suco e, em seguida, os três foram ao quarto do ator, onde ele teria sido estrangulado com fios de telefone. A causa da morte não pôde ser confirmada por conta do avançado estado de decomposição do cadáver. O corpo foi sepultado em Santa Catarina, onde a vítima nasceu.