Severina da Silva Nunes, de 69 anos, foi baleada e morta no Morro do Turano, Zona Norte do RioDivulgação
Publicado 15/06/2023 13:01
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Rio - Uma idosa foi morta e uma mulher, de 30 anos, grávida de oito meses, ficou ferida por estilhaços, nesta quinta-feira (15), no Morro do Turano, no Rio Comprido, Zona Norte do Rio. As vítimas estavam na Rua Joaquim Pizarro, uma das vias de acesso à comunidade, quando foram atingidas. Segundo relatos de moradores, os disparos teriam partido de policiais militares. Um protesto bloqueou pelo menos duas ruas na região. Caso será investigado pela corregedoria da PM.
A vítima foi identificada como Severina da Silva Nunes, de 69 anos. Ela chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, mas não resistiu aos ferimentos. A grávida Késsia da Silva foi atingida por estilhaços e encaminhada para a mesma unidade, onde segue em acompanhamento. O estado de saúde dela e do bebê é estável, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Em vídeos compartilhados nas redes sociais, moradores afirmam que os disparos partiram de PMs. "Olha só, subiram atirando na comunidade. Subiram atirando com pessoas na rua. Olha aqui a cara de todo mundo. Olha o que eles fizeram! Acabaram de tirar a vida dessa senhora", disse uma moradora nas imagens.
De acordo com a Polícia Militar, equipes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Turano foram atacadas por criminosos durante policiamento na comunidade. Após confronto, a vítima foi localizada e socorrida. Ainda segundo a PM, foi instaurado um procedimento na Corregedoria Geral da corporação para apurar as circunstâncias da ação.
Após a morte da moradora, um protesto feito por populares bloqueou a Rua Bispo, no Rio Comprido, com entulhos e pneus. A via seguia interditada até às 13h45. Para conter os manifestantes, policiais militares teriam utilizado bombas de gás lacrimogênio em um dos acessos à comunidade. Um morador caiu durante a ação e precisou ser socorrido.
Na Rua Citiso, pelo menos duas lixeiras da Comlurb foram viradas e restos de móveis incendiados pelos manifestantes. O policiamento está reforçado na região desde o fim da manhã, segundo a Polícia Militar.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, uma unidade de ensino na comunidade teve suas atividades suspensas nos turnos da manhã e tarde por conta do incidente. Ao todo, 168 alunos ficaram sem aula. As unidades de saúde tem funcionamento normal, segundo a SMS.
 
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