Publicado 15/06/2023 22:14 | Atualizado 15/06/2023 22:16
Rio - As famílias de pelo menos quatro jovens presos no último dia 6 de maio, suspeitos de integrar uma quadrilha do falso consórcio de veículos no Centro do Rio, afirmam que eles são inocentes e não sabiam que a empresa que os contrataram agia ilegalmente. Ao todo, 18 pessoas, intituladas funcionárias da empresa de fachada Icon, foram presas pela Polícia Civil. No entanto, 14 jovens não estariam sabendo da ação fraudulenta.
De acordo com a 58ª DP (Posse), distrital responsável pelas investigações, os suspeitos anunciavam os veículos na internet por um preço mais baixo, com promessa de crédito pré-aprovado e entrega em uma semana, após o pagamento de uma entrada entre 10% e 15%. Somente entre os meses de junho de 2022 e 2023, a quadrilha fez de cem a mil vítimas. A estimativa é de que o prejuízo tenha chegado a R$ 1 milhão.
Entre os funcionários presos está Kyara Rabelo, de 18 anos. Ela é estudante de técnica de enfermagem e trabalhava na empresa de fachada Icon há 28 dias, assim como outros funcionários que estão presos. Ela foi contratada um dia antes da Polícia Civil desmanchar o esquema criminoso no Centro do Rio.
Ao DIA, a advogada de Kyara, Ariane Oliveira Melo, disse que os jovens presos, a maioria em seu primeiro emprego, acreditava trabalhar em uma empresa legal. "Eles tinham como função a venda do consórcio, ou seja, não tinham contato com valores ou produtos vendidos, tão pouco participação no lucro direto da empresa", disse.
A advogada também defende Raul Bulcão Garcia, outro jovem preso na operação. Segundo ela, ele é de Santa Catarina, no sul do país, e se mudou há poucos meses para o Rio de Janeiro em busca de melhores condições de vida. "Raul estava na empresa há dois meses e não tinha recebido nenhum salário ainda, era de Santa Catarina e procurava um emprego para se reestruturar", explicou.
A família de Ana Caroline Rosa da Silva, de 26 anos, também tenta provar sua inocência. A tia dela disse nas redes sociais que a jovem se candidatou para a vaga de emprego na empresa há três meses, quando viu um anúncio em um site. "Ela foi contratada na segunda-feira (5). Essa empresa, para a surpresa de todos os jovens, estava sendo investigada, empresa que fez 18 jovens fossem presos no dia 6 de junho inocentemente. Precisamos da justiça e da liberdade de cada jovem", escreveu.
A família de Taiane Costa da Silva também tenta provar a inocência dela. Através das redes sociais, os familiares e amigos fazem uma campanha pedindo pela liberdade da mesma.
A defesa de Kyara e Raul criticou a condução das investigações e como as prisões foram realizadas. "Falta a individualização da conduta. O delegado coloca como se todos fizessem parte da organização criminosa, os jovens não foram ouvidos, não puderam explicar nada. É importante ressaltar que entre os 18 jovens, a maioria estava ali há pouco tempo, nem tinha prazo para descobrir que a empresa era fraudelenta", disse.
Justiça manteve a prisão de todos os 18 presos
Em audiência de custódia, realizada no dia 8 de maio na 21ª Vara Criminal da Comarca da Capital, converteu a prisão em flagrante dos acusados em prisão preventiva. Eles respondem por estelionato, falsidade ideológica e organização criminosa.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), as defesas dos acusados apresentaram pedidos de revogação das prisões que serão examinados pelo juiz da Vara Criminal para qual o processo será distribuído.
Entre os funcionários presos está Kyara Rabelo, de 18 anos. Ela é estudante de técnica de enfermagem e trabalhava na empresa de fachada Icon há 28 dias, assim como outros funcionários que estão presos. Ela foi contratada um dia antes da Polícia Civil desmanchar o esquema criminoso no Centro do Rio.
Ao DIA, a advogada de Kyara, Ariane Oliveira Melo, disse que os jovens presos, a maioria em seu primeiro emprego, acreditava trabalhar em uma empresa legal. "Eles tinham como função a venda do consórcio, ou seja, não tinham contato com valores ou produtos vendidos, tão pouco participação no lucro direto da empresa", disse.
A advogada também defende Raul Bulcão Garcia, outro jovem preso na operação. Segundo ela, ele é de Santa Catarina, no sul do país, e se mudou há poucos meses para o Rio de Janeiro em busca de melhores condições de vida. "Raul estava na empresa há dois meses e não tinha recebido nenhum salário ainda, era de Santa Catarina e procurava um emprego para se reestruturar", explicou.
A família de Ana Caroline Rosa da Silva, de 26 anos, também tenta provar sua inocência. A tia dela disse nas redes sociais que a jovem se candidatou para a vaga de emprego na empresa há três meses, quando viu um anúncio em um site. "Ela foi contratada na segunda-feira (5). Essa empresa, para a surpresa de todos os jovens, estava sendo investigada, empresa que fez 18 jovens fossem presos no dia 6 de junho inocentemente. Precisamos da justiça e da liberdade de cada jovem", escreveu.
A família de Taiane Costa da Silva também tenta provar a inocência dela. Através das redes sociais, os familiares e amigos fazem uma campanha pedindo pela liberdade da mesma.
A defesa de Kyara e Raul criticou a condução das investigações e como as prisões foram realizadas. "Falta a individualização da conduta. O delegado coloca como se todos fizessem parte da organização criminosa, os jovens não foram ouvidos, não puderam explicar nada. É importante ressaltar que entre os 18 jovens, a maioria estava ali há pouco tempo, nem tinha prazo para descobrir que a empresa era fraudelenta", disse.
Justiça manteve a prisão de todos os 18 presos
Em audiência de custódia, realizada no dia 8 de maio na 21ª Vara Criminal da Comarca da Capital, converteu a prisão em flagrante dos acusados em prisão preventiva. Eles respondem por estelionato, falsidade ideológica e organização criminosa.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), as defesas dos acusados apresentaram pedidos de revogação das prisões que serão examinados pelo juiz da Vara Criminal para qual o processo será distribuído.
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