Publicado 16/06/2023 10:10
Rio - A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) instaurou um novo inquérito para investigar a denúncia de coação no caso envolvendo as influenciadoras Kerollen Cunha e Nancy Gonçalves, investigadas por racismo após entregarem uma banana e um macaco de pelúcia para crianças negras em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio.
À policia, a mãe de uma das crianças disse que foi coagida pela dupla. Kerollen e Nancy teriam oferecido dinheiro e cesta básica à mulher para que ela não denunciasse o caso.
À policia, a mãe de uma das crianças disse que foi coagida pela dupla. Kerollen e Nancy teriam oferecido dinheiro e cesta básica à mulher para que ela não denunciasse o caso.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações estão em andamento, paralelamente aos quatro outros inquéritos que apuram o crime de injúria por preconceito.
Nos vídeos divulgados pelas influenciadoras, as duas pedem para as crianças abordadas nas ruas para escolherem entre o presente e dinheiro. Em dois casos específicos, quando as crianças escolheram pelo presente, ambas negras, uma ganha uma banana e outra um macaco de pelúcia. As duas, que possuem uma conta conjunta nas redes sociais, somam mais de 1 milhão de seguidores no Instagram e 13 milhões de inscritos no Tiktok.
O caso veio á tona após a advogada Fayda Belo, especialista em direito antidiscriminatório, denunciar o caso nas redes sociais. Em um vídeo, ela chama a atitude das influencers de "racismo recreativo", que se trata da prática disfarçada de humor, quando alguém usa de "discriminação contra pessoas negras com intuito de diversão".
Em nota publicada nas redes sociais há duas semanas, as influenciadoras afirmaram que "não haviam intenção de fazer qualquer referência à temáticas raciais ou à discriminação de minorias".
Bloqueio das redes sociais
O Tribunal de Justiça do Rio determinou, na terça-feira (13), que as redes sociais de Kérollen Cunha e Nancy Gonçalves sejam bloqueadas. Na decisão, a juíza Juliana Cardoso Monteiro de Barros também pede que o conteúdo investigado pela Polícia Civil seja retirado das plataformas de maneira urgente.
"Destaca vídeo amplamente divulgado na imprensa em que uma das requeridas distribuiu banana e um macaco de pelúcia a crianças negras, inferindo a prática de racismo, objeto de investigação pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, sendo necessária a apuração pelo Ministério Público quanto a possíveis infrações ao ECA, em razão dos vídeos expondo crianças, adolescentes e idosos a situações vexatórias e degradantes", escreveu a magistrada da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca de São Gonçalo.
Nos vídeos divulgados pelas influenciadoras, as duas pedem para as crianças abordadas nas ruas para escolherem entre o presente e dinheiro. Em dois casos específicos, quando as crianças escolheram pelo presente, ambas negras, uma ganha uma banana e outra um macaco de pelúcia. As duas, que possuem uma conta conjunta nas redes sociais, somam mais de 1 milhão de seguidores no Instagram e 13 milhões de inscritos no Tiktok.
O caso veio á tona após a advogada Fayda Belo, especialista em direito antidiscriminatório, denunciar o caso nas redes sociais. Em um vídeo, ela chama a atitude das influencers de "racismo recreativo", que se trata da prática disfarçada de humor, quando alguém usa de "discriminação contra pessoas negras com intuito de diversão".
Em nota publicada nas redes sociais há duas semanas, as influenciadoras afirmaram que "não haviam intenção de fazer qualquer referência à temáticas raciais ou à discriminação de minorias".
Bloqueio das redes sociais
O Tribunal de Justiça do Rio determinou, na terça-feira (13), que as redes sociais de Kérollen Cunha e Nancy Gonçalves sejam bloqueadas. Na decisão, a juíza Juliana Cardoso Monteiro de Barros também pede que o conteúdo investigado pela Polícia Civil seja retirado das plataformas de maneira urgente.
"Destaca vídeo amplamente divulgado na imprensa em que uma das requeridas distribuiu banana e um macaco de pelúcia a crianças negras, inferindo a prática de racismo, objeto de investigação pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, sendo necessária a apuração pelo Ministério Público quanto a possíveis infrações ao ECA, em razão dos vídeos expondo crianças, adolescentes e idosos a situações vexatórias e degradantes", escreveu a magistrada da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca de São Gonçalo.
"A primeira requerida (Nancy) é microempresária individual, proprietária da empresa Kerollen e Nancy, cujo objeto é a atividade de pós-produção cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão, o que levanta a suspeita de que os vídeos com conteúdos discriminatórios e vexatórios possam ter sido 'monetizados', gerando lucros às requeridas", ressaltou a juíza.
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