Publicado 16/06/2023 16:46
Rio - Familiares e vizinhos de Severina da Silva Nunes, de 69 anos, pedem justiça pela morte da idosa, baleada no Morro do Turano, no Rio Comprido, Zona Norte do Rio, na tarde de quinta-feira (15). Testemunhas afirmam que policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Turano entraram na comunidade atirando e que não houve confronto. A Polícia Militar, no entanto, afirma que os agentes foram atacados por criminosos, o que deu início a um confronto.
Carinhosamente apelidada de Milonha pelos vizinhos, Severina era considerada a alegria da família e a tia favorita dos sobrinhos. A sobrinha Aline Oliveira lamentou a morte e disse que ela entrou para a estatística de violência no país.
"Hoje somos nós que estamos chorando. Minha tia vira mais uma vítima na estatística desse país, mais uma cruz para colocar na areia de Copacabana, como fazem com quem virou estatística nesse estado", escreveu Aline nas redes sociais.
A sobrinha lembrou também dos momentos felizes ao lado dela. Segundo Aline, Milonha tinha uma alegria contagiante. "A sua alegria estará sempre dentro de nós. Que Deus nos conforte!". Uma amiga de Severina lembrou que ela também era chamada pelas crianças de "tia doidona".
Dona Severina era moradora do Morro do Turano, onde vivia com a família. Um dos filhos dela chegou a ver a mãe morta próximo à casa deles, na Rua Joaquim Pizarro, uma das vias de acesso à comunidade. Em vídeos publicados nas redes sociais, moradores aparecem desesperados ao identificar que a mulher baleada na ação era a idosa.
"Hoje somos nós que estamos chorando. Minha tia vira mais uma vítima na estatística desse país, mais uma cruz para colocar na areia de Copacabana, como fazem com quem virou estatística nesse estado", escreveu Aline nas redes sociais.
A sobrinha lembrou também dos momentos felizes ao lado dela. Segundo Aline, Milonha tinha uma alegria contagiante. "A sua alegria estará sempre dentro de nós. Que Deus nos conforte!". Uma amiga de Severina lembrou que ela também era chamada pelas crianças de "tia doidona".
Dona Severina era moradora do Morro do Turano, onde vivia com a família. Um dos filhos dela chegou a ver a mãe morta próximo à casa deles, na Rua Joaquim Pizarro, uma das vias de acesso à comunidade. Em vídeos publicados nas redes sociais, moradores aparecem desesperados ao identificar que a mulher baleada na ação era a idosa.
Um outro vídeo mostra as marcas de tiros no telhado e na cadeira do bar onde a idosa estava. Veja imagens:
A vítima estava sentada em uma cadeira de plástico tomando café, do lado de fora de um bar, quando foi atingida pelos disparos. Ela chegou a ser socorrida por PMs e levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, mas não resistiu aos ferimentos.
Até a tarde desta sexta-feira (16), a família da dona Severina aguardava a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML) do Centro do Rio. O corpo dela será sepultado no sábado (17), às 12h, no Cemitério de São Francisco Xavier, no Caju.
Uma mulher grávida, identificada como Késsia da Silva, foi atingida por estilhaços nessa mesma ação. Ela foi socorrida para a mesma unidade de saúde e liberada horas depois. Ela e o bebê estão bem.
Armas dos PMs foram apreendidas
A Polícia Militar instaurou um procedimento na Corregedoria Geral da corporação para apurar as circunstâncias da ação. Os agentes também tiveram as armas apreendidas para perícia.
De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), responsável pelas investigações, os policiais da UPP envolvidos na ação foram ouvidos na especializada e diligências estão em andamento.
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