Publicado 19/06/2023 15:56
Rio - A Polícia Civil concluiu que o tiro que atingiu a perna de um vendedor ambulante no sábado passado (17), em frente ao Carioca Shopping, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio, partiu de um policial militar reformado após uma discussão. A informação foi divulgada nesta terça-feira (29) pelo delegado Reginaldo Guilherme, titular da 27ª DP (Vicente de Carvalho).
Segundo a investigação, o ambulante estava vendendo bala na porta do shopping quando decidiu entrar para comprar um sorvete e foi barrado por um segurança do estabelecimento. Outro funcionário também foi até o local onde o vendedor estava e ambos começaram a discutir. O homem chegou a falar que tinha dinheiro para comprar e que não poderia ser impedido.
O vendedor começou a filmar a discussão, mas a gravação era de si mesmo. Um dos seguranças do estabelecimento apontou uma arma para o ambulante, que pergunta ao funcionário o motivo dele estar fazendo isso, recebendo a resposta de que ele seria policial.
A investigação ainda verificou que o PM reformado, que teria informado inicialmente que havia reagido a uma tentativa de assalto nas proximidades do shopping, apareceu no local e começou a filmar a discussão envolvendo o ambulante e o segurança. O vendedor teria dado um tapa do celular do agente, que atirou na coxa da vítima.
O homem que foi socorrido e encaminhado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do Rio. Ele teve alta no mesmo dia já que o ferimento foi transfixante e leve.
O caso foi registrado na 27ª DP como lesão corporal e encaminhado para o Juizado Especial Criminal (Jecrim). A arma do PM reformado tem registro e não foi apreendida. O agente responde em liberdade.
Procurada pela reportagem de O DIA, o centro comercial negou que o segurança do estabelecimento tenha atirado no vendedor e esclareceu que os vigilantes trabalham uniformizados e não portam armas. "O Carioca Shopping esclarece que teve conhecimento sobre uma ocorrência policial na rodovia, em frente ao empreendimento. Cabe ressaltar que os seguranças do shopping trabalham uniformizados e não portam armas", informou.
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