Policiais civis realizam ação contra fraudes em licitações na Baixada Fluminense Divulgação
Publicado 22/06/2023 10:31
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Rio - Agentes da Delegacia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCC-LD) realizam, na manhã desta quinta-feira (22), uma operação contra um grupo criminoso que desviava dinheiro das prefeituras de quatro municípios da Baixada Fluminense. Seis servidores públicos foram afastados e a Justiça expediu dois mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão.
De acordo com as investigações, empresas disputavam licitações para desviar dinheiro dos cofres públicos dos municípios de São João de Meriti, Nilópolis, Nova Iguaçu e Belford Roxo. Ao todo, segundo a Polícia Civil, a organização já movimentou cerca de R$ 160 milhões: os agentes vão apurar quanto desse montante saiu das prefeituras.
A organização criminosa controla um grupo de empresas que foram declaradas vencedoras de licitações com indícios de fraude. Diversos contratos foram assinados com os municípios na área de construção civil, incluindo reformas de praças, ginásios, unidades escolares e de saúde.

A investigação ainda revelou que as empresas não funcionam no endereço cadastrado e que existiam alterações contratuais realizadas em datas próximas às licitações, com objetivo de ocultar os sócios efetivos. Os agentes também descobriram que as companhias investigadas compartilhavam o mesmo quadro de funcionários, contadores, endereço das sedes, telefone de contato e endereço de e-mail.

Além disso, a polícia informou que diversas obras contratadas não foram concluídas no prazo contratual e que os documentos foram fraudados para elevar seus valores. Foram identificadas também diversas transferências suspeitas entre as contas das empresas para servidores públicos vinculados aos contratos de obras na Baixada Fluminense.
Em nota, a Prefeitura de Nova Iguaçu informou que, até o momento, não houve qualquer diligência policial  em sua sede e nem pedido de afastamento de seus servidores públicos. A Prefeitura de São João de Meriti esclareceu que possui contrato de manutenção de escolas com uma das empresas investigadas. O contrato, segundo a prefeitura, encontra-se em vigência e a licitação ocorreu obedecendo as leis da administração pública.
Procuradas, as prefeituras dos outros dois municípios ainda não se manifestaram sobre a operação.
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