Marina Colasanti é a grande vencedora do Prêmio Machado de Assis 2023Divulgação
Publicado 24/06/2023 08:48 | Atualizado 24/06/2023 09:59
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Rio - A escritora Marina Colasanti, de 85 anos, foi a grande vencedora do Machado de Assis 2023, concedido pela Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. Trata-se do prêmio literário mais antigo e importante do país, entregue desde 1941. A cerimônia de consagração será no dia 21 de julho, no aniversário da ABL, quando a autora receberá R$ 100 mil.
O último prêmio entregue a uma mulher na ABL faz mais de 20 anos – foi em 2001, quando Ana Maria Machado venceu o Machado de Assis.
Marina Colasanti nasceu em 1937, na Eritreia, na África. Morou em Trípoli, na Líbia e depois na Itália. Em 1948, veio para o Rio de Janeiro. Formou-se em Artes Plásticas. É escritora, jornalista e tradutora, autora de poesias, contos, literatura infantil e infanto-juvenil. É casada com o também escritor Affonso Romano de Sant'Anna e tem duas filhas, Fabiana e Alessandra Colasanti.
"Estou muito emocionada, não esperava. Mas acho que sou merecedora porque tenho uma obra extensa. Nunca escrevi romance, mas muitos contos, minicontos, contos infantis, contos estranhos", disse Marina, ao site da ABL.
Para o presidente da Casa, Merval Pereira, o prêmio busca distinguir escritores que têm uma obra conhecida pelo público e pelos críticos. “É o caso de Marina Colasanti, grande escritora que tem uma vasta gama de livros, escreveu vários tipos de literatura com grande eficiência, sabor, e humanismo, principalmente. Por isso, foi escolhida pelos acadêmicos para receber o Machado de Assis. O prêmio não é para romance, poesia, etc...Recentemente, premiamos Roberto da Matta, que é ensaísta e antropólogo. É o reconhecimento do trabalho de uma vida dedicada à literatura ou a outro tipo de atividade que produza conhecimento – livros, palestras, etc. A importância dele é que não é dado para uma obra específica, e sim para o conjunto da obra. Marina Colasanti é uma grande intelectual.”
Entre seus principais títulos, destacam-se "Eu Sozinha" (1968), "Nada de Manga (1975)", "Cada Bicho Seu Capricho" (1992), "Um Amor Sem Palavras" (1995), "Acontece na Cidade "(2005), "Passageira em Trânsito" (2010) e outros.
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