Ana Clarice Graça da Silva, 23, tinha dois filhos, de 1 e 3 anos, e estaria esperando o terceiroReprodução/Redes Sociais
Publicado 01/07/2023 10:15 | Atualizado 01/07/2023 14:17
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Rio - O corpo de Ana Clarice Graça da Silva, de 23 anos, morta pelo companheiro em Vargem Pequena, será enterrado neste sábado (01), às 12h, no Cemitério de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. A vítima estava grávida de dois meses e deixou uma filha de 1 ano e um filho de 2. 
O companheiro Jackson dos Santos Fernandes, de 29 anos, foi preso, nesta quinta-feira (29), por agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) em um shopping de Del Castilho, na Zona Norte. Segundo familiares, ele matou Ana Clarice na frente do filho de dois anos e depois tentou fugir com a criança.
"O filho mais novo perguntou pela Ana, ele viu o pai matar a mãe. Quando ele estava na delegacia, ele falou que o pai brigou com ela. Já em casa, ele queria que abrisse a casa dizendo que a mãe estava caída no chão. A criança viu tudo, isso é doloroso para nós", disse Luiz Claudio da Silva, tio da vítima.
De acordo com o Luiz, o relacionamento de Ana Clarice e Jackson era abusivo e já durava 8 anos. "Ela era mãe, amiga, cuidava bem dos filhos, uma pessoa muito legal para a família. Ela vivia num relacionamento abusivo, o parceiro a levou para Bahia, e nossa família mandou a passagem para ela voltar, após um episódio de agressão. Só que ele era muito apegado aos filhos e minha sobrinha acabou deixando ele voltar. Eles estavam juntos há oito anos", completou o auxiliar de serviços gerais.
Ainda de acordo com Luiz Cláudio, o uso de drogas pode ter influenciado Jackson a cometer o crime. "Ele tinha vício em drogas e álcool e sempre brigavam por isso. Ele aparentava ser um rapaz bom, trabalhador, mas o uso de drogas e a bebida fazia ele surtar. Acredito que por ele ser usuário isso aconteceu. Eu quero que a Justiça dos homens seja feita e concluída. Eu e minha família esperamos justiça, queremos vê-lo na cadeia pagando o que ele fez".
Em nota, a Polícia Civil informou que a DHC foi acionada pelo 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) e, durante as diligências, descobriu que Jackson foi visto no início da tarde deixando a residência em que morava com os filhos, mas havia deixado a mais nova com uma vizinha. Em seguida, foi embora apenas com o mais velho.
Os agentes o encontraram no Shopping Nova América e ele não resistiu à prisão. Em depoimento, Jackson confessou o crime e disse que a discussão começou porque desconfiou que Ana Clarice havia abortado o filho que esperava. Ele alegou que esfaqueou a companheira depois que ela havia empunhado uma faca e o atacado. O preso foi encaminhado para o sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
 
 
 
 
 
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