Publicado 06/07/2023 16:54 | Atualizado 06/07/2023 17:23
Rio - A professora Monique Medeiros, ré pela morte do próprio filho, Henry Borel, de 4 anos, deixou a 16ª DP (Barra da Tijuca), na Zona Oeste do Rio, por volta das 16h15 desta quinta-feira (6) rumo ao Instituto Médico Legal do Centro. Em seguida, passará por audiência de custódia no presídio de Benfica, na Zona Norte, e deve voltar ao Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, onde estava presa até agosto do ano passado, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou habeas corpus e autorizou que ela respondesse ao processo em liberdade.
Monique foi presa na manhã desta quinta-feira (6) por policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca), que foram à casa da mãe dela, em Bangu, onde morava desde que foi solta. Na quarta-feira (5), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou que ela voltasse imediatamente à prisão. O ex-vereador Dr. Jairinho, que também responde pelo homicídio, segue detido.
O pedido para o fim da liberdade da ré foi solicitado pela defesa do pai do menino, Leniel Borel, que questionava a decisão liminar. Assistente de acusação do processo, ele entrou com recurso extraordinário pedindo a prisão preventiva da acusada e apresentou prints de publicações no Instagram. Segundo o engenheiro, desde a soltura, ela tem usado as redes sociais para praticar "verdadeira perseguição" contra ele, que também é testemunha, e "dissemina fake news ao público" sobre a morte da criança.
O caso
Henry Borel, de 4 anos, foi levado para um hospital da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, em março de 2021. O menino chegou à unidade de saúde com manchas roxas em várias partes do corpo e o laudo da perícia apontou que a morte dele foi provocada por laceração hepática.
O caso foi investigado pela 16ª DP (Barra da Tijuca) que concluiu, em maio do mesmo ano, que Jairinho agredia a criança. Os exames do IML apontaram 23 lesões no corpo da criança.
O inquérito também revelou que Monique sabia que o filho vinha sendo vítima do padrasto, mas se omitia. O ex-vereador e a mãe da criança foram indiciados por homicídio duplamente qualificado.
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