Monique Medeiros saindo da 16ªDP (Barra) e sendo encaminhada para o presídio de Benficia, Zona NorteMarcos Porto
Publicado 07/07/2023 08:23
Publicidade
Rio - A professora Monique Medeiros, ré pela morte do próprio filho, Henry Borel, de 4 anos, passará por audiência de custódia a partir das 13h desta sexta-feira (7). Ela voltou a ser presa nesta quinta (6) após decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STF) e foi levada para o presídio de Benfica, na Zona Norte.
Monique foi presa por agentes da 16ªDP (Barra da Tijuca) na casa da mãe dela, em Bangu, na Zona Oeste, onde morava desde que foi solta para responder em liberdade, em agosto do ano passado. Enquanto o ex-vereador Dr. Jairinho, que também responde pelo homicídio, segue detido.
O pedido para o fim da liberdade da ré foi solicitado pela defesa do pai do menino, Leniel Borel, que questionava a decisão liminar. Assistente de acusação do processo, ele entrou com recurso extraordinário pedindo a prisão preventiva da acusada e apresentou prints de publicações no Instagram. Segundo o engenheiro, desde a soltura, ela tem usado as redes sociais para praticar "verdadeira perseguição" contra ele, que também é testemunha, e "dissemina fake news ao público" sobre a morte da criança.
A defesa de Monique, no entanto, nega as denúncias de Leniel e informa que apresentará esclarecimentos sobre a decisão que teria sido pautada em um descumprimento de medida cautelar “inexistente”.
“Monique não utilizou as redes sociais quando proibida, além de não ter ameaçado qualquer testemunha no momento da prisão domiciliar. Estes fatos já foram esclarecidos há tempos, tratando-se de fake news”, disse em nota.
Relembre o caso
Monique e Jairinho são réus no processo que julga a morte por torturar do menino Henry Borel, de 4 anos, na madrugada do dia 8 de março de 2021.
Henry Borel chegou a ser levado para um hospital da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O menino chegou à unidade de saúde com manchas roxas em várias partes do corpo e o laudo da perícia apontou que a morte dele foi provocada por laceração hepática.
O caso foi investigado pela 16ª DP (Barra da Tijuca) que concluiu, em maio do mesmo ano, que Jairinho agredia a criança. Os exames do IML apontaram 23 lesões no corpo da criança.
O inquérito também revelou que Monique sabia que o filho vinha sendo vítima do padrasto, mas se omitia. O ex-vereador e a mãe da criança foram indiciados por homicídio duplamente qualificado.
Publicidade
Leia mais