Publicado 13/07/2023 12:08
Rio - Familiares do vigilante David Carlos Correa Carneiro, de 43 anos, morto após ser baleado na comunidade Furquim Mendes, no Jardim América, Zona Norte do Rio, estiveram no Instituto Médico Legal (IML), na manhã desta quinta-feira (13), para liberar o corpo. De acordo com parentes, o tiro partiu de um blindado da Polícia Civil.
Segundo a mulher do vigilante, Érica Carneiro, de 41 anos, David estava a caminho do trabalho quando foi atingido ao tentar proteger uma senhora que estava com um bebê no colo. "Os policiais entraram dando tiro e quando deu uma cessada, ele resolveu sair porque não queria se atrasar para o trabalho. Quando estava indo para o ponto de ônibus, ele viu que o policial ia atirar e pegaria em um recém-nascido, ele empurrou a senhora que estava com o bebê no colo e foi atingido nas costas, morreu que nem traficante, uma covardia", lamentou a mulher.
Segundo a mulher do vigilante, Érica Carneiro, de 41 anos, David estava a caminho do trabalho quando foi atingido ao tentar proteger uma senhora que estava com um bebê no colo. "Os policiais entraram dando tiro e quando deu uma cessada, ele resolveu sair porque não queria se atrasar para o trabalho. Quando estava indo para o ponto de ônibus, ele viu que o policial ia atirar e pegaria em um recém-nascido, ele empurrou a senhora que estava com o bebê no colo e foi atingido nas costas, morreu que nem traficante, uma covardia", lamentou a mulher.
Familiares afirmam que David era um pai e marido extraordinário e não pode ser mais uma estatística. "Eu só quero que esse policial vá para a cadeia, a morte do meu marido não vai ser em vão, minha família está morta por dentro, mas estamos vivos para lutar pelo David porque ele merece. Era trabalhador, pai, esposo, filho e irmão com muita excelência. Eu tenho orgulho de falar do meu marido porque sempre foi um homem respeitador e morreu tentando ajudar as pessoas. David tinha pavor de violência e tinha medo de morar no Rio, mas infelizmente a gente mora em comunidade e não tem condições de morar em um lugar melhor", contou Érica emocionada.
David deixa três filhos, um de 25, um de 21 e outro de 8 anos. Segundo Érica, o filho mais novo toma remédio controlado e não conseguiu dormir durante a noite. "Meu filho não merece isso, ele fica perguntando do pai e não para de chorar. Eu vou criar meus filhos sem pai", disse.
David deixa três filhos, um de 25, um de 21 e outro de 8 anos. Segundo Érica, o filho mais novo toma remédio controlado e não conseguiu dormir durante a noite. "Meu filho não merece isso, ele fica perguntando do pai e não para de chorar. Eu vou criar meus filhos sem pai", disse.
Érica contou que quando chegou ao local, David ainda estava vivo e tentando falar com ela. "Meu marido ainda estava respirando e tentando me dizer alguma coisa, sangrando pela boca e querendo me dizer as últimas palavras”, lamentou.
Em imagens feitas por moradores, um homem sem farda aparece deixando o blindado da Polícia Militar próximo ao local em que David foi atingido. No vídeo, ele se afasta enquanto fala no telefone e carrega uma mochila. A PM informou que o homem que aparece na imagem acionou os policiais que estavam no blindado indicando o local exato onde se encontrava David.
Ainda segundo a Polícia Militar, não houve ação da corporação na região, mas agentes do 16º BPM (Olaria) foram acionados para verificar uma ocorrência de pessoa baleada.
Os policiais socorreram e encaminharam David ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que o homem já chegou morto na unidade.
Em nota, a Polícia Civil informou que havia uma operação na comunidade, no entanto, era uma ação "pontual e distante de onde estava o ferido". Segundo a corporação, o objetivo era prender criminosos envolvidos em latrocínios, roubos de automóveis e cargas na região. A Civil, disse, ainda que quatro suspeitos foram baleados em confronto. A morte de David é investigada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Em nota, a Polícia Civil informou que havia uma operação na comunidade, no entanto, era uma ação "pontual e distante de onde estava o ferido". Segundo a corporação, o objetivo era prender criminosos envolvidos em latrocínios, roubos de automóveis e cargas na região. A Civil, disse, ainda que quatro suspeitos foram baleados em confronto. A morte de David é investigada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
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