Leny Andrade, a diva do jazz brasileiro, morre aos 80 anos no Rio

Rio - A cantora Leny Andrade, conhecida como a diva do jazz brasileiro, morreu aos 80 anos, na manhã desta segunda-feira, no Rio. A veterana estava internada desde a última semana no Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade, onde apresentou complicações de saúde. O velório da artista será no Theatro Municipal, no Centro, de 10h às 13h. Em seguida, haverá outra cerimônia no Memorial do Carmo, no Caju, das 14h às 16h.

Leny estava morando no Retiro dos Artistas, em Pechincha, desde 2018. Ela já havia sido internada no início de junho com pneumonia grave e, na ocasião, precisou ser entubada.

De acordo com informações repassadas pela assessoria de imprensa do Retiro dos Artistas, a cantora voltou para a casa de acolhimento e recebeu suporte com home care em sua recuperação. A mudança no estado de saúde aconteceu na última semana, quando ela precisou voltar ao hospital, já em estado grave.

A carioca Leny Andrade foi um dos grandes nomes da música brasileira e tem 34 álbuns lançados entre 1961 e 2018, entre eles "A Sensação", de 1961, e "Estamos aí", de 1965. Sua última música foi gravada em 2022, em parceria com o pianista Gilson Peranzzetta, para festejar seus 80 anos. 

A artista era amiga de Tony Bennet, que morreu na última sexta-feira. Leny se orgulhava de ser a intérprete de canções de compositores como Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), Djavan, Ivan Lins e Roberto Menescal, entre outros. 

A veterana ganhou o Grammy Latino em 2007 juntamente com Cesár Camargo Mariano e foi considerada pelo jornal New York Times como “um misto de Sarah Vaughan e Ella Fitzgerald da bossa nova”.