Sepultura foi quebrada e teve caixão violado por vândalosReprodução
Publicado 26/07/2023 18:00 | Atualizado 27/07/2023 14:45
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Rio - O túmulo de Sabrina Tavares, de 31 anos, assassinada a tiros no fim do ano passado, foi violado e a cabeça foi removida, no Cemitério Iguaçu Velho, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. De acordo com relatos da família e o inquérito policial, os restos mortais levados pelos criminosos foram substituídos por um objeto de barro usado em rituais religiosos. O caso é investigado pela 58ª DP (Nova Iguaçu) desde o dia 16 de março, mas até agora nenhum acusado foi encontrado.
"Nós só conseguimos dar conta disso no dia 11 de abril. Porque nós vamos todo mês no cemitério, no dia 11, data em que ela foi assassinada. Quando chegamos lá fomos abordados pelo coveiro e ele contou o que tinha acontecido. Não exatamente, mas disseram que a sepultura tinha sido violada e que tinham quebrado o caixão. Chegamos a perguntar se o corpo tinha sido violado, mas eles não falaram na hora", disse a irmã de Sabrina, Fabíola Tavares. 
De acordo com a irmã, a família foi orientada a procurar a direção da Funerária São Salvador, responsável por administrar a sepultura. Ao acionarem a empresa, foram informados de que o caso havia sido registrado na 58ª DP e repetiram a informação de que o túmulo havia sido violado, sem detalhar o que de fato havia ocorrido. A família só soube que a cabeça da vítima havia sido levada quando saiu o resultado do laudo pericial. 
"Demorou um absurdo para sair. Meu marido até teve que ir no IML para pedir que ele enviasse o laudo para a 58º DP. Foi lá que descobrimos que tiraram a cabeça dela e no local colocaram um alguidar", explicou a irmã da vítima. Sabrina foi assassinada a tiros em agosto do ano passado quando teve casa invadida por dois homens armados. A mãe dela, Fátima de Azevedo Tavares, também ficou ferida no ataque, mas sobreviveu.  
"Em princípio, quando descobrimos, tentamos não levar para a imprensa para preservar nossa mãe. Ela passou tudo ali com a Sabrina, no dia do assassinato dela. Queríamos preservá-la, mas isso não seria possível, porque levamos à Justiça e o juiz disse que isso viria à tona. Pensamos, com isso, em contar logo antes que ela soubesse por outros meios", lembrou. 
Nas imagens contidas no laudo pericial, ao qual o DIA teve acesso, é possível ver a tampa de concreto da sepultura quebrada e o caixão à mostra. Em outro registro feito pelo perito, há também a imagem do alguidar de barro com cinzas e garrafas de bebidas próximas.
Segundo depoimento dos funcionários do cemitério que identificaram a violação, dentro das garrafas de bebida havia papéis com os nomes de várias pessoas. O fato foi notado pelo funcionário por volta das 8h da manhã, logo no início do seu expediente, mas a família questiona a demora na comunicação do fato.
"Infelizmente estamos passando por esse motivo difícil (...) Se tivéssemos a informação antes, teríamos tentado obter imagens de câmeras de segurança para pegar quem fez, o carro e descobrir o responsável. De frente para a rua do cemitério tem. Por culpa da São Salvador, não conseguimos as imagens daquela data. Queremos saber o que aconteceu, quem fez. Até achamos quem pode ter feito, mas não temos provas. Esperamos que a Justiça seja feita", completou Fabíola. 
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